Adolescente é assassinada com tiro no olho

Um crime ainda inexplicável vitimou duas adolescentes na madrugada de ontem. Um Kadett verde, por enquanto, é a única pista do assassinato de Angélica Aparecida Goulart, de apenas 15 anos, encontrada morta à margem da BR-277, perto do viaduto do Contorno Leste, em São José dos Pinhais. Uma amiga dela, de 16 anos, levou um tiro nas costas e está internada em estado grave no Hospital Cajuru. De acordo com o superintendente da delegacia do município, Altair Ferreira, são grandes as chances dela ficar paraplégica. “Ela não está sentindo os membros inferiores e como correu depois de ser ferida, o estado dela agravou-se”, contou o policial.

As duas moravam na Vila das Torres, Prado Velho, e passaram parte da madrugada de ontem no cruzamento da Avenida das Torres com a Rua Guabirotuba, no mesmo bairro – ali existe uma lanchonete e um posto de combustíveis com loja de conveniências, pontos que atraem jovens durante a noite. Perto das 3h, ambas embarcaram no Kadett, ocupado por quatro desconhecidos.

Morte

As circunstâncias em que ocorreu o crime são desconhecidas. Às 5h, o corpo de Angélica, baleada no olho esquerdo e no peito, foi encontrado junto à BR-277. Mesmo ferida por outros dois tiros, a outra adolescente cambaleou pelo acostamento até ser socorrida pelo motorista de um ônibus do Jardim Guatupê. A garota foi deixada na porta de uma empresa, cujos vigilantes acionaram a Ecovia. A concessionária transportou-a até o hospital.

A garota ferida passou por duas cirurgias, ainda na manhã de ontem. Antes disso, conversou brevemente com familiares e contou que os quatro rapazes que saíram com elas eram conhecidos apenas de Angélica.

Ouvida pela delegacia de São José dos Pinhais, Niolceane do Rocio Goulart, mãe da garota assassinada, revelou que Angélica passou na casa de uma tia na noite de quarta-feira. Lá, fez um telefonema e saiu animada, às 21h30, dando a entender que teria um encontro.

Segundo a mãe, a garota não era envolvida com drogas, mas andava sempre pela rua. Angélica era assistida pelo Conselho Tutelar de Curitiba, que ontem procurava informações sobre a morte dela.

O policial acredita que as garotas foram baleadas dentro do carro. A polícia já solicitou a fita do circuito interno de TV do posto de combustíveis onde estavam as jovens, na tentativa de identificar com quem elas saíram ou a placa do Kadett. O motorista do ônibus que socorreu a adolescente ferida e outras testemunhas começaram a prestar depoimento da tarde de ontem.

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