Acusados de matar bicheiro alegam inocência

Os advogados de dois acusados de envolvimento no assassinato do bicheiro Almir José Hladkyi Solarewicz procuraram a Tribuna para dizer que seus clientes não tem nenhum envolvimento com o crime. Francisco de Paula de Castro Feitosa, 58 anos, e o ex-policial militar Manfredo Flores Mandragon, 39, foram citados na matéria intitulada “Morte de bicheiro ainda investigada”, publicada no dia 24 último.

O advogado de Feitosa, Antônio Augusto Figueiredo Bastos, ressaltou que seu cliente – que é acusado de ser o mandante do crime e um dos chefes do jogo do bicho no Paraná – é inocente. “A acusação é caluniosa e fantasiosa. O Feitosa está em Curitiba e a disposição do Ministério Público para prestar qualquer esclarecimento”, salientou o defensor.

Outro

O advogado de Mandagron, Osmann de Oliveira também enfatizou que seu cliente não tem ligação com o crime, que ocorreu no dia 20 de setembro de 2000. “Não é verdade que ele matou o Almir nem que esteja ameaçando familiares dele. Isto tudo é dedução da polícia. Não há provas”, argumentou Osmann.

Mandragon garantiu que nunca trabalhou para Almir nem para a cooperativa que comandada o jogo do bicho no Estado. Ele ressaltou que trabalhou em uma casa lotérica no Pinheirinho, que não tinha ligação com o jogo de bicho, e no escritório de advocacia da filha de Fúlvio Martins Pinto, 59, citado no inquérito policial como sendo um dos sócios da cooperativa do jogo do bicho. “Esta história veio do 6.º Distrito Policial. Coisas dos delegados e dos bicheiros. Trabalhei para a doutora Dirce, mas não fui contratado para matar ninguém”, disse o ex-policial militar, que não soube explicar que “coisas” teria entre delegados e “bicheiros”. “Ele é tão inocente que está à disposição da justiça”, acrescentou o advogado Osmann de Oliveira. Ainda de acordo com o defensor, os antecedentes criminais que resultaram em processos contra Mandagron, por tentativa de homicídio e extorsão, foram instaurados quando ele ainda pertencia aos quadros da PM.

Assassinato

Almir foi morto em frente a sua casa, na Rua Euzébio da Motta, Juvevê, há quase três anos, por dois homens armados com pistolas. Deste então, só foi preso um dos acusados do homicídio: Otaviano Sérgio Carvalho de Macedo, 46. Ele está recolhido na Prisão Provisória de Curitiba, no Ahú, aguardando julgamento. O inquérito está em fase de conclusão na 5.ª Vara Criminal, onde também corre um outro inquérito recheado com depoimentos acusando Fúlvio e Feitosa como mandantes do crime e Mandragon como o outro atirador. Este inquérito está em fase de apreciação pelo Ministério Público.

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