Acidente entre van e trem mata três e fere oito

Na volta de um velório, três pessoas morreram e oito ficaram feridas na colisão da Besta placa MDA-2439, de Içara (SC), com o trem da América Latina Logística (ALL) que vinha da Serra do Mar, no fim da noite de anteontem. O acidente aconteceu no cruzamento da Avenida João Leopoldo Jacomel e a linha férrea, em Pinhais. Com exceção do motorista do veículo, José Adílson Borges, 46 anos, todos os outros ocupantes da Besta eram da mesma família.

João Sírio Floriano, 43, morreu na hora, enquanto Nacionei Davina Ricardo Floriano e o motorista do veículo morreram no Hospital Cajuru. Foram levados ao Hospital Cajuru: José Fernandes Vargas, 25; Giovane José Pereira, 21; Manoel José Ricardo, 45. José Sírio Floriano, 50; Antônio Sírio Floriano, 40; Eva Davina Floriano, 36; Alessandro José Feliciano, 20; e Nacionei Floriano da Silva, 52, foram levados ao Hospital Evangélico.

Rodovia da morte

De acordo com informações colhidas no local pela Polícia Militar, as vítimas são de Criciúma (SC) e vieram para o velório de Darci dos Santos, que morreu no hospital, depois de, coincidentemente, também ter sido vítima de uma colisão, na mesma Avenida João Leopoldo Jacomel.

A família tinha recém se despedido dos parentes, na Vila Santa Amélia, também em Pinhais, e tomado a estrada de volta ao Estado vizinho, quando ocorreu a colisão. Os soldados Filho e Almeida, do 17.º Batalhão da Polícia Militar, iam logo atrás e viram a Besta seguir em frente, apesar do aviso sonoro do trem, conduzido por Nivaldo Brás. “A máquina bateu na frente da Besta”, descreveu Filho. O comboio tinha 11 vagões carregados de adubo. O acidente também foi atendido pela Polícia Rodoviária Estadual.

Os soldados do 17.º BPM prestaram os primeiros atendimentos às vítimas e chamaram apoio do Siate e dos bombeiros para retirar algumas pessoas que ficaram presas nas ferragens. Todos foram levados a hospitais, uns com ferimentos leves e outros com risco de morte.

Sinalização

A assessoria de imprensa da América Latina Logística (ALL), em nota oficial, divulgou que o cruzamento possui a sinalização de alerta obrigatória (placa de pare, olhe e escute, também chamada de cruz de Santo André). Ainda, de acordo com a nota, a linha férrea é sempre preferencial. O Código de Trânsito Brasileiro, em seu artigo 212, dispõe que é infração gravíssima transpô-la sem parar. Isto porque o trem, ao contrário dos demais veículos, precisa de até um quilômetro para parar totalmente, mesmo após o maquinista acionar os freios. Para evitar acidentes semelhantes a este, a empresa desenvolve campanhas de segurança no trânsito em escolas localizadas próximas as linhas férreas, além de blitze educativas junto a motoristas e pedestres nos principais cruzamentos com linha férrea, distribuindo panfletos que alertam sobre os cuidados necessários ao cruzar a linha do trem.

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