Acabaram com a vida do “Morte”

Quatro tiros de revólver, calibre 38, acabaram com a vida de Carlos Eduardo dos Santos, 19 anos, o “Morte”, ontem à tarde em Almirante Tamandaré. Sem se intimidar com a presença de moradores do bairro Vila Feliz, o matador – descrito por testemunhas como um homem moreno que usava camiseta do Atlético – descarregou a arma em sua vítima à luz do dia, no final da tarde, na Rua Bela Vista do Ipê. Dos cinco tiros deflagrados, só um escapou do alvo.

“Morte”, que morava a menos de cinqüenta metros do local onde foi assassinado, tinha acabado de sair de casa, na Rua Padre Pedro Fuss, quando foi alcançado pelo matador. A polícia já tem o nome do suspeito do crime, que deverá ser preso nas próximas horas.

Broncas

O apelido da vítima tinha sua razão de ser. Conforme apurou o soldado Claro, do 17.º BPM, “Morte” era bastante conhecido na região e aterrorizava os moradores da Vila Feliz e Jardim Graziele. “Ele assaltava os ônibus das linhas Graziele-Barreirinha e Colombo-Cachoeira quase todos dias, armado e de cara limpa. Fora isso, ainda cobrava “pedágio dos moradores”, comentou o soldado, lembrando que deteve “Morte” diversas vezes enquanto ele ainda era menor de idade. A PM levantou a informação de que o rapaz respondia a inquérito na Polícia Federal por contrabando em Foz do Iguaçu.

Um comerciante do bairro, que pediu para não ser identificado, contou que “Morte” era seu freguês e pagava tudo em dia. “Mas ele de vez em quando pedia pra usar meu carro pra ir distribuir droga por aí. Eu nunca deixei, dizia que estava sem gasolina e ele se oferecia até para pagar”, relatou.

Detido

Poucas horas após o crime, policiais civis da delegacia de Tamandaré, com a ajuda da PM, prenderam um suspeito que havia sido apontado por moradores do bairro. O homem estava perto do local do crime. Levado para a delegacia, o suspeito acabou “entregando” o nome daquele que seria o verdadeiro assassino. “O caso já está praticamente derrubado, agora é uma questão de prender o acusado”, comentou o superintendente Arnaldo.

De acordo com as informações da perita Vilma, da Polícia Científica, “Morte” foi atingido por quatro tiros. Um deles pegou o braço direito, na altura do pulso – segundo Vilma, pela posição do corpo, o rapaz teria colocado o braço em frente ao rosto, na tentativa de se defender. Um tiro pegou o peito de “Morte” e outros dois, disparados à queima-roupa, nas costas. Provavelmente foram detonados pelo matador depois que o rapaz já estava caído.

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