Aos poucos, todos os presos do 11.º Distrito Policial (DP) de Curitiba, no bairro CIC, serão transferidos. A unidade abrigava 176 presos antes de uma rebelião ocorrida no último sábado, quando grande parte das instalações foram destruídas. De acordo com Jorge Azôr Pinto, delegado-geral da Polícia Civil do Paraná, a situação está sob controle, mas será necessário a remoção dos presos para a reconstrução do local. Todos serão levados ao Centro de Triagem de Piraquara. A remoção contará com o apoio do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) da Polícia Civil.

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Pinto explicou que serão transferidos 30 presos por dia, até que a unidade fique vazia. Desde sábado já foram removidas 22 pessoas. Cinco desses presos que deixaram o distrito, já no domingo, seriam os líderes do motim. Eles serão indiciados pela tentativa de homicídio de um plantonista e da morte do preso José Gonçalves de Lima Sobrinho, de 29 anos, ocorrida durante a rebelião. Ele foi morto a estocadas (golpes de facas artesanais) por ser considerado “preso de confiança” dos agentes.

Já o funcionário foi rendido quando levava marmitas aos detentos e liberado com ferimentos leves após a entrada da unidade de choque da Polícia Militar no local.

De acordo com o delegado, também foram realizadas novas revistas para verificar se entre os pertences dos presos há algum material de comunicação ou objeto que possa ser usado como arma em novos tumultos.

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Para conter o tumulto, a Polícia Militar disparou tiros de alerta que atingiram os presos Gelton Acácio Camilo Ramalho, de 29 anos, Alexandre Rafael de Lima, 25, André Batista Diogo, 27. De acordo com a Secretaria de Estado da Segurança Pública, os três não correm risco de morte.

Alerta

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A Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil no Paraná (OAB-PR) voltou a alertar para os riscos de rebeliões, não somente no 11.º Distrito Policial, como em outras unidades que abrigam presos na capital e interior. De acordo com a advogada Isabel Kugler Mendes, secretária da comissão, o 11.º DP tem capacidade para 48 presos e estava com 176 antes do motim. Ela acrescentou que, desde o ano passado, a OAB-PR denuncia as péssimas condições das carceragens em todo o Estado.