Quando adolescente, achava que dentro da redação da Tribuna do Paraná era feita até exumação de cadáveres ou coisa sanguinolenta da espécie. Dias atrás, passando pelo local onde trabalham os jornalistas, encontrei colado numa escrivaninha a seguinte mensagem: “Oração para bênção do local de trabalho”. Não achei coisa alguma macabra no estabelecimento, muito menos sangue. Vislumbrei apenas futuros companheiros de profissão, Oxalá!

Brincadeira à parte, vamos falar sério. Terça-feira, 14 de outubro, às 19h, os acadêmicos do 1.º Período de Jornalismo da Pontifícia Universidade Católica do Paraná conheceram a estrutura de O Estado do Paraná e da Tribuna do Paraná. Logo na entrada do conglomerado, fomos surpreendidos com a ligeira aparição do presidente da empresa, Paulo Cruz Pimentel. O ex-governador e atual presidente da Copel entrou em carro e foi embora apressado, afinal, ele é o responsável maior por nos dar a luz agora.

Tivemos o privilégio de ser recepcionados pelo diretor, jornalista e ex-professor da PUC, Mussa José Assis. Com o espírito acolhedor, Mussa deu-nos a oportunidade de contemplar um pouco de sua história, realizações e competência. Com a experiência de 42 anos como repórter, editor e diretor de jornal, proferiu sua palestra em sala que é palco das reuniões diárias de pauta. O conferencista exaltou a presença dos jovens e mostrou a importância do jornalista valorizar a liberdade que a democracia oferece para o profissional que lida com a informação de massa. Lembrou do passado sofrido da ditadura.

Com todas as letras, Mussa José Assis é um ícone do jornalismo paranaense e brasileiro. Didaticamente, abordou vários assuntos, como as batalhas contra a censura, o que diferencia um jornal do outro, a invenção e evolução da tipografia de Gutenberg, as agências internacionais e nacionais, a versatilidade que o jornalista deve desenvolver, as crises atuais que afetam a Imprensa. Após saudosas e calorosas salvas de palmas para o diretor, fomos convidados a conhecer a redação, edição e parque gráfico do jornal. Naquele horário, por volta das 22h, as máquinas, enormes, trabalhavam feitas à velocidade que os fatos ocorrem no mundo inteiro.

Circulando pelo O Estado do Paraná, foi possível absorver o conceito de que para um Jornal não bastam apenas o nome e a história. O desafio é mantê-los sob a custódia de vários profissionais, comprometidos em oferecer ao seu respectivo público o máximo de respeito e precisão em tudo aquilo que publicam.

William Diego Mistrelli é escritor, poeta e estudante de Comunicação Social – Jornalismo – da Pontifícia Universidade Católica do Paraná.

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