Vale quer ficar entre as 10 primeiras em carvão em 2010

A Companhia Vale do Rio Doce tem planos de chegar em 2010 entre as dez maiores produtoras de carvão do mundo. O diretor executivo de Planejamento e Gestão da mineradora, Gabriel Stoliar, espera que até essa data a empresa já esteja caminhando para ocupar os cinco primeiros lugares no ranking do setor.

Com a compra da australiana AMCI Holdings, por aproximadamente US$ 660 milhões, anunciada hoje, a Vale prevê atingir a produção de 30 milhões de toneladas de carvão em 2010. A estimativa leva em consideração, além dos 8 milhões de toneladas da AMCI, os 12 milhões de toneladas a serem produzidos pela mina de Moatize, em Moçambique, os cerca de 8 milhões do projeto de Belvedere, também na Austrália, e os investimentos em carvão na China (2,5 milhões de toneladas.

Segundo o diretor, a aquisição mostra a estratégia da companhia de ter uma fatia relevante no mercado de carvão. Stoliar lembra que o segmento tem grandes sinergias com o do minério de ferro, principal atividade da Vale. Os clientes são as mesmas siderúrgicas para as quais a empresa já negocia o minério.

Já o diretor de Desenvolvimentos de Novos negócios da siderúrgica brasileira, Pedro Rodrigues, explica que o público-alvo do carvão da AMCI será o mercado asiático, especialmente a Coréia, Japão e Índia. Os executivos lembram que a companhia tem uma grande produção de carvão metalúrgico (80% do total), que é o mais raro.

O mercado mundial de carvão movimenta 5 bilhões de toneladas, sendo que apenas 750 milhões é de carvão metalúrgico, voltado para a produção de coque. O restante é de carvão térmico, que serve de combustível para usinas térmicas. ?Compramos as duas melhores bacias de carvão do mundo?, afirmou Rodrigues. Além dos ativos da AMCI, a Vale adquiriu ainda 30 direitos minerários, com potencial de reserva para 3 bilhões de toneladas.

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