O presidente da Companhia Vale do Rio Doce, Roger Agnelli, afirmou que a empresa estudará a compra da AngloGold, terceira maior mineradora de ouro do mundo, que está sendo colocada à venda pelo grupo AngloAmerica. O executivo fez o anúncio hoje (24), no Pará, durante a solenidade de expansão da planta da Alunorte, subsidiária da Vale para produção de alumínio. Mas, fez questão de ressaltar que o interesse no negócio "vai depender do preço", argumentando que a prioridade da Vale é o classificou de "crescimento orgânico" da companhia. "Vamos olhar, mas com uma visão de longo prazo", ponderou.

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Sediada na África do Sul, a AngloGold é responsável por cerca de 10% da produção mundial de ouro. Opera no Brasil há seis anos e a sede sul-americana fica na cidade mineira de Nova Lima, de onde controla três das principais minas produtoras do País, em Cuiabá e Córrego do Sítio (MG) e Serra Grande (GO).

Além do Brasil, a AngloGold opera na Argentina, e tem, nos dois países, produção total de 17 toneladas de ouro anuais (13,5 toneladas só no Brasil). Se concretizado, o negócio representará o retorno da Vale à mineração de ouro, segmento que abandonou em 2003, quando sua participação no mercado já era apenas marginal.

A mineradora brasileira chegou a ser a maior produtora de ouro da América Latina. Em 1998, produziu 18,08 toneladas, mais do que toda a produção atual da AngloGold na América do Sul. Hoje, o setor de mineração do grupo, além do minério de ferro e pelotas, carro-chefe da produção, inclui minas de níquel, cobre, manganês, potássio e caulim.

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