O técnico Osvaldo Alvarez, do Atlético, praticamente definiu a equipe para enfrentar a Ponte Preta, às 16 horas de domingo, na Arena. O meia Rodriguinho e o atacante Selmir deverão ser as novidades na 12.ª rodada do campeonato brasileiro, que ainda terá as voltas do zagueiro Capone e do meia Adriano. Hoje, o treinador comanda o coletivo apronto na Arena e confirma as alterações no time para a busca da reabilitação na competição.
Sem poder contar com o volante Luciano Santos e o atacante da seleção brasileira Ilan (ambos suspensos devido ao terceiro cartão amarelo), Vadão resolveu deixar o time mais ofensivo. Ao invés de trocar um volante por outro, ele vai colocar um meia a mais para tentar melhorar o rendimento do time. “O Rodriguinho já me disse que gosta de vir de trás, então terá esse papel durante a partida”, diz o treinador. Mesmo assim, ele se revezará com Kléberson no auxílio a Leomar na marcação.
Já no ataque, o comandante rubro-negro optou por modificar o estilo da dupla de ataque. Sem a presença de Ilan, as opções eram Selmir, Ricardinho e Fernandinho. Vadão optou pelo primeiro, mas deve fazer ainda alguns testes. “Muda a característica da frente porque o Selmir é um homem de área. Se o tempo ajudar, a gente testa o Fernandinho, mas o Selmir agradou”, adianta.
O centroavante agradece. Após ficar quase todo o ano na reserva, Selmir quer aproveitar a brecha aberta pela ida de Ilan para a seleção para se garantir entre os titulares. “O professor está confiando em mim e espero corresponder à altura. É uma grande oportunidade para me firmar entre os titulares e vou fazer de tudo para deixar a minha marca”, aponta.
Arbitragem
O um trio carioca e da Fifa comandará a partida Atlético x Ponte Preta (às 16 horas de domingo, na Arena). No apito estará Wagner Tardelli Azevedo, que será auxiliado por Aristeu Leonardo Tavares e Hílton Moutinho Rodrigues.
Ilan está vivendo sua melhor fase
Depois de um ano para esquecer, o atacante atleticano Ilan está vivendo uma temporada para nunca mais tirar da memória. Após driblar até a morte por causa de uma infecção hospitalar, driblar as críticas por estar no departamento médico e a desconfiança quanto ao seu futuro, o jogador se transformou em um dos artilheiros do campeonato brasileiro e ainda festeja a primeira convocação para a seleção brasileira. Agora, seu pensamento é vestir a camisa amarela e mostrar que tem futebol para estar entre os melhores do país.
A virada na carreira começou justamente onde menos se esperava: no próprio Rubro-Negro. Constantemente no departamento médico, Ilan tentava curar uma pubalgia, mas quase sucumbiu no hospital. Tudo isso, sob os apupos da torcida, que não sabia o que estava se passando. “Eu tinha voltado bem, estava nos treinamentos e tive uma infecção, mas não foi da conta do hospital. Foi uma coisa até certo ponto grave, mas a gente conseguiu curar isso aí”, resume. O resultado dessas idas e vindas foi que ele só pôde atuar em uma partida no Brasileirão do ano passado.
A volta por cima começou nesta temporada. Resolvido o problema de pubalgia crônica, que se arrastava desde os tempos de Paraná Clube, e das complicações pós-operatórias, Ilan teve apenas dez dias de férias e partiu para sua melhor pré-temporada na carreira. “O ano passado foi um ano em que eu aprendi muito. Sofri, mas aprendi. Das coisas que foram ruins, a gente tira lições. Esse ano estão dando certo as lições que eu aprendi com os erros”, revela.
E que aprendizado. Apesar de o time ter começado o ano titubeando e fazendo experiências com treinador e jogadores, Ilan sempre esteve próximo das redes adversárias e na soma do ano já está com 16 gols. Melhor do que isso, dez deles foram apenas no brasileiro e essa vitrine o projetou novamente no cenário nacional. “O bom momento veio e agora é só não sair do trilho”, diz. Um trilho que pode levá-lo até a Copa do Mundo em 2006. Mesmo entrando numa lista devido à impossibilidade de algumas figurinhas carimbadas, ele espera agarrar a oportunidade e não largar mais.