A União Européia (UE) chegou a um acordo com metas ?ambiciosas e dignas de crédito? para combater a mudança climática e as necessidades energéticas do bloco, disse a chanceler alemã, Angela Merkel, após uma reunião de líderes do grupo.
O acordo compromete a Europa com cortes obrigatórios na emissão de gases do efeito estufa e exige que um quinto da energia consumida no bloco venha de fontes ?verdes?, como painéis solares e turbinas de vento. Num gesto polêmico, o acordo reconhece o papel da energia nuclear no combate às emissões de gás carbônico.
?Esta é uma diferença qualitativa nova, em termos da questão das fontes de energia?, disse Merkel, ao anunciar o plano, que requer que as emissões de gases do efeito estufa caiam, até 2020 em 20% em relação aos níveis de 1990, e que 20% da energia do bloco venha de fontes renováveis, uma elevação tremenda em relação ao nível atual, de pouco mais de 6%.
Contrariando um parecer científico recente, Merkel disse acreditar que ainda é possível evitar que a elevação global da temperatura supere os 2ºC. ?Podemos evitar o que poderá ser uma calamidade humana.
O presidente da Comissão Européia, José Manuel Barroso, afirmou que o acordo mostra que a Europa é capaz de dar passos firmes na questão do aquecimento global. ?Podemos dizer ao restante do mundo: a Europa está assumindo a liderança, vocês deveriam se unir a nós para combater a mudança climática?, disse.
Líderes europeus esperam que esses compromissos encorajem outros grandes poluidores, como os EUA e a China, a assumir corte profundos nas emissões de carbono. Merkel pretende apresentar o plano europeu nu ma reunião do G8, que engloba as sete principais economias industriais do mundo, e a Rússia. Além do plano de metas para o futuro, a cúpula européia geriu uma sugestão concreta para o combate ao aquecimento global: estimular o uso de lâmpadas mais econômicas.