UNE admite que concessão de carteiras de estudante fugiu do controle

Rio de Janeiro – A Medida Provisória 2208, de 2001, permitiu que associações e agremiações estudantis, além da União Nacional dos Estudantes (UNE)- e União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) forneçam carteiras de estudantes.

No entanto, a própria UNE admite que as concessões fugiram do controle. Por essa razão, segundo a assessoria de imprensa da UNE, alguns convênios, como o da Rádio Jovem Pan, com vigência até maio, não serão renovados.

Em relação ao cinema, o vice-presidente da Federação Nacional das Empresas Exibidoras Cinematográficas (Feneec), Luiz Gonzaga, afirma que os preços dos ingressos estão estáveis desde 1991.

A partir de 1998 chegaram ao Brasil os grandes grupos de exibidores cinematográficos estrangeiros – os multiplex – quando houve grande investimento do capital privado em salas novas, amplas e modernas, representando hoje 60% das salas de cinema no Brasil.

Por outro lado, houve um grande número de salas pequenas, com ingressos mais baratos que foram fechadas, principalmente nos centros das cidades que sofreram uma deterioração urbana.

Os ingressos de cinema apresentam uma variação de até oito valores diferentes, conforme o dia e horário de exibição: segunda e quarta tem os menores preços; sábados e domingos à noite os preços são mais caros; sábado e domingo à tarde, os valores são intermediários. Apesar dos valores diferenciados, há sempre a meia-entrada.

"A grande dificuldade é que a lei estabelece que o estudante sempre terá direito à meia-entrada, mesmo nos preços promocionais, o que causa diversas vezes a meia-entrada da meia-entrada", rebate o vice-presidente da Feneec, apóia a proposta defendida Associação Brasileira de Empresários Artísticos (Abeart), de limitação em 30% da meia-entrada em cada espetáculo ou sessão.

"O que temos no Brasil é uma situação muito estranha. Porque hoje os cinemas possuem 73% do público entre pessoas de 12 a 29 anos, classes A e B que detêm o benefício dos descontos. Diferentemente de outros países como o México, onde a maior parcela de espectadores está nas classes C e D, no Brasil estamos expulsando os motoristas de táxi, os trabalhadores braçais, ou seja, esse público já não existe?.

Para Chantilly, o paradoxo é que se discute o benefício com o público que já está nos cinemas e que com os seus benefícios torna os preços tão altos que não permitem que outros segmentos da população vão ao cinema. ?É uma punição à população brasileira em geral, especialmente às populações mais pobres".

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