No entanto, ele conta que nem tudo eram flores. Quando chovia, o que não é incomum em Curitiba, o barro tomava conta de tudo. Na medicina, a dificuldade era grande, já que no início do século, não existiam antibióticos. "Uma vez doentes, as pessoas demoravam a melhorar. E a disseminação de venereologias era grande", diz o decano. Muitas mulheres também tinham problemas no útero e foi justamente desenvolvendo um trabalho de pesquisa nas comunidades indígenas que o médico curitibano descobriu os benefícios do parto de cócoras e o trouxe à civilização.
Passados tantos anos, Paciornik continua trabalhando com a medicina e elogiando a cidade em que nasceu e escolheu para passar o resto da vida. "Antigamente havia uma crença indígena de que Curitiba era uma terra onde ninguém morria, devido ao clima, já que não havia insetos e malária. A cidade tem um clima bom, sem muito calor", diz. A longevidade do médico mais famoso da cidade pode estar confirmando a tal teoria.