Tropas brasileiras podem ficar no Haiti até 2011

As tropas brasileiras, integrantes da missão de paz das Nações Unidas, podem permanecer no Haiti até o final de 2011. Foi o que afirmou o embaixador Paulo Cordeiro de Andrade Pinto, que representa o Brasil no país caribenho. Segundo ele, o governo haitiano manifestou esse desejo e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já se mostrou favorável idéia. Há, sim, possibilidade das tropas continuarem lá a partir de 2008. É provável que isso ocorra, resumiu.

De acordo com o embaixador, o presidente Lula garantiu que, enquanto a Organização das Nações Unidades (ONU) e o Haiti desejarem, a permanência militar brasileira na capital Porto Príncipe será mantida. Isso não quer dizer que manteremos a mesma configuração atual. Pode haver uma retirada paulatina, dependendo da evolução do terreno, completou Cordeiro de Andrade Iremos tirar nossas tropas no momento em que elas não forem mais necessárias.

Segundo o mebaixador, que já foi assessor brasileiro no Conselho de Segurança das Nações Unidas, o presidente haitiano, René Préval, eleito democraticamente em fevereiro do ano passado, já manifestou interesse de que as tropas da ONU permaneçam no país até o final do seu governo, em 2011.

As tropas da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah) estão no Haiti desde 2004, quando foi deposto o presidente Jean-Bertrand Aristide. O Brasil lidera essa força internacional, que conta com um contingente internacional de cerca de sete mil militares. São 1.200 homens do Exército brasileiro – um batalhão de infantaria e uma companhia de engenharia. Este grupo pode ter o reforço de mais 50 homens o governo já pediu autorização ao Congresso Nacional, por solicitação da ONU, numa tentativa melhorar a infraestrutura daquele país.

O Brasil, agora em fevereiro, vai defender junto ao Conselho de Segurança da ONU, a extensão dos trabalhos da Minustah até fevereiro de 2008. O atual mandato expira no próximo dia 15, e perto dessa data deve ocorrer a reunião para avaliar a renovação por imposição da China, membro permanente do Conselho, as renovações são feitas de seis em seis meses. Ficar por um ano, facilita o nosso planejamento no país, defende Cordeiro de Andrade.

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