Trabalhadores protestam contra venda da Ipiranga

Os trabalhadores do Pólo Petroquímico de Triunfo estão em assembléia permanente a partir desta segunda-feira (19), de acordo com o presidente do Sindicato de Trabalhadores da Indústria Química e Petroquímica do Pólo de Triunfo (Sindipolo), Carlos Eitor Rodrigues. A decisão foi tomada em um ato de protesto realizado nesta manhã na B 386, rodovia que dá acesso ao Pólo. Segundo o Sindipolo, mais de mil trabalhadores administrativos e do turno da manhã paralisaram as atividades durante três horas.

Para os trabalhadores, a venda das operações da Ipiranga para o consórcio Grupo Ultra, Petrobras e Braskem irá promover uma concentração do setor petroquímico sob comando da Braskem. Segundo o presidente do Sindipolo, a Braskem ficará com 75% da produção brasileira de eteno, principal componente básico da produção de polietileno para a indústria de plásticos. Os pólos gaúcho e baiano produzem, juntos, 2,5 milhões de toneladas de eteno por ano.

Os trabalhadores temem demissões no setor. "Em 2002, na Bahia, a Braskem demitiu 2 mil trabalhadores em cerca de seis meses e ainda acabou com o fundo de previdência complementar para criar um outro sob sua administração", disse Carlos Eitor Rodrigues.

Os trabalhadores vão se reunir nesta tarde com os diretores da Braskem e Petrobras para tratar do assunto.

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