Trabalhadores da Volkswagen-Audi entram em greve

Os dois mil e quinhentos trabalhadores da Volkswagen-Audi, em São José dos Pinhais, decidiram paralisar suas atividades a partir de hoje (10/05) por impasse nas negociações. Os funcionários reivindicam redução na jornada de trabalho de 42 para 40 horas semanais, eliminação do Banco de Horas, aumento no valor da Participação de Lucros e Resultados (PLR) e pagamento igual de Participação aos afastados por acidentes e doenças profissionais.

A direção da Volks-Audi permanece inflexível e até a manhã de hoje não chamou o Sindicato para reiniciar as negociações. Em São Bernardo dos Campos os metalúrgicos da Volks também rejeitaram a proposta de PLR da empresa. “A empresa ofereceu R$ 3.590,00, sem metas de produção e qualidade e mesmo assim os trabalhadores não aceitaram”, explicou Jamil D?ávila, coordenador da Comissão de Fábrica e diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Curitiba.

Sérgio Butka, Presidente do Sindicato, diz que os trabalhadores esperam que a empresa apresente uma proposta que seja mais condizente a atual situação da Volkwagen-Audi. “No ano passado a produção da fábrica foi de 85 mil veículos, a previsão para 2004 é de 150 mil unidades”, afirmou Butka, ressaltando também a luta não é somente por um valor maior, mas por melhores condições de trabalho dentro da fábrica.

Mesmo com a intransigência da empresa os trabalhadores votaram unanimemente pela greve. “Os metalúrgicos estão muito insatisfeitos com a direção da Volks que desde janeiro vem arrastando as negociações”, disse Butka.

Com a paralisação da fábrica deixam de ser produzidos cerca de 450 veículos por dia entre Fox, Golf e Audi A3. Uma nova assembléia está marcada para amanhã, na porta da fábrica, para decidir a continuidade da paralisação.

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