Toque de perplexidade

Com o afastamento temporário do senador Osmar Dias (PDT) da cena política estadual por motivos de saúde, o quadro sucessório que se apresentava carregado de nuvens – como o céu curitibano dos últimos dias – ganhou novo toque de perplexidade a perspectiva imediatista em esboço no aturdido ambiente do PSDB e PFL, por não terem esses partidos em suas fileiras próprias um candidato à altura do desafio da sucessão.

Já a inclinação do PDT por candidatura à Presidência da República sinalizara o grau de dificuldade da oposição paranaense em fazer do senador Osmar Dias seu candidato preferencial ao governo do Estado, tendo em vista os obstáculos naturais da verticalização.

Como o tempo prescrito para a recuperação pós-operatória de Osmar se prolongará quase até o final de junho, os dirigentes do PSDB e PFL vêem-se confrontados por mais um impasse na fase de gestação duma candidatura capaz de encarar a alardeada pujança eleitoral do governador Roberto Requião. Chegou-se a falar numa chapa pura formada por Gustavo Fruet e Hermas Brandão, embora a exegese necessária logo recomendasse um pouco mais de cautela e caldo de galinha aos apressados. O próprio Hermas, artífice da tese do apoio tucano a Requião, reconheceu que a estratégia é válida, mas prejudicial ao acerto com o PMDB tendo em vista a conquista de um palanque forte para Alckmin no Paraná.

De resto, paira a necessidade de auscultar o pensamento do governador sobre um apoio mesmo contido à campanha presidencial tucana, ninho político que nunca fez sua cabeça e no qual, não custa lembrar, tem alguns adversários irreconciliáveis.

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