O presidente do PMDB, Michel Temer, disse há pouco que dificilmente o partido
decidirá, no início da próxima semana, a situação da legenda, caso o presidente
faça convites para uma nova participação em sua equipe de ministros. Segundo
Temer, antes de qualquer de decisão será preciso fazer uma consulta aos
governadores, que têm posição contrária ao ingresso do partido no governo, e se
necessário fazer uma nova convenção nacional do PMDB.
Em dezembro de
2004, na última convenção, a decisão foi pela não participação do partido com
cargos. Temer disse que na reunião de logo mais no Palácio do Planalto, ele vai
ouvir o que o presidente tem a dizer. "De repente o presidente pode solicitar
apenas o apoio do PMDB, o que já estamos fazendo no Congresso",
disse.
Ele acha que neste momento de crise é importante conversar com
Lula. "A crise institucional não é útil para o País", afirmou. Temer disse que
pessoalmente está trabalhando dentro do partido para unificar as duas alas e que
se obtiver êxito até quarta-feira a bancada da Câmara poderá se reunir para
escolher, por voto, um novo líder de consenso. Após o encontro com o presidente,
Temer dará mais uma entrevista coletiva na presidência do partido.