O trecho pavimentado com paralelepípedos
é o único da rua que tem mão dupla.
Diretran nega mudanças.

Taxistas que fazem ponto na Rua Coronel Dulcídio, na Praça da Espanha, em Curitiba, estão revoltados. Eles temem que haja mudanças no trânsito da região e que o ponto precise ser retirado do local.

Na semana passada, segundo o taxista Juliano Gaspar, há oito anos no ponto da praça, funcionários da Urbs e da Diretran estiveram no local e conversaram com alguns taxistas, avisando que aquela quadra da Coronel Dulcídio também se tornaria de mão única e que, por isso, o ponto de táxi teria que mudar de local. “Não pude conversar com as pessoas que tiveram aqui, mas não quero que o ponto seja retirado da Coronel Dulcídio”, diz. “Se isso vier a acontecer, nossas condições de trabalho vão ficar muito piores.”

O taxista Sílvio Crefta, há 29 anos na praça, conta que o ponto existe há cerca de 50 anos e que os motoristas que trabalham no lugar já possuem uma clientela fixa. “Atendemos bastante os pacientes do Hospital de Olhos, de clínicas e empresas próximas à praça”, conta. “Os moradores dos conjuntos residenciais também já nos conhecem e seria muito ruim se tivéssemos que mudar de local. Estamos inseguros, pois não sabemos onde vão nos colocar.”

Alguns, como o taxista Guilherme Casoni, questionam a necessidade de a Coronel Dulcídio passar a ter mão única e estão indignados por não terem sido consultados por integrantes dos órgãos responsáveis pela mudança. “Esta mudança está nos sendo imposta”, reclama. “Estamos todos contrariados, pois contribuímos, inclusive, para garantir a segurança do local. Há algum tempo, evitamos que uma loja de fotografia fosse assaltada.”

Os taxistas desconfiam que o ponto possa ser transferido para outras ruas que circundam a praça, mas também não concordam com isso. Acham que a mudança pode dificultar a vida dos clientes ou mesmo encarecer a corrida para eles. “Da Coronel Dulcídio já saímos direto em direção à Água Verde, ao Batel e ao Seminário”, lembra Juliano. “Mesmo que o ponto seja transferido para ruas próximas, se a Coronel Dulcídio se tornar uma rua de sentido único teremos que dar uma volta grande para pegar uma outra rua em direção a estes bairros.”

Diretran

A chefe do setor de operações da Diretran, Guacira Camargo Avolani, informa que estão sendo feitos estudos viários na região em função de uma feira de antigüidades que deve começar a ser realizada aos sábados na praça. Porém, até agora, não há planos de estender a mão única até a quadra da Praça Espanha nem de transferir o ponto de táxi para outro local.

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