Tarso diz que agora debate interessa ao governo

O ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, afirmou nesta terça-feira (3) em entrevista coletiva que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva está sequioso pelo debate com o seu adversário Geraldo Alckmin (PSDB) no segundo turno da disputa presidencial. Na sua avaliação, não houve oportunidade de fazer o debate no primeiro turno porque seriam três candidatos contra um. "Ao governo interessa agora o debate", afirmou. Para ele, o segundo turno dará a oportunidade para que se discutam programas e se faça um debate ético.

"Será uma grande oportunidade de discutir o comportamento dos governos, o que fez o governo do PSDB em oito anos e o governo Lula em quatro. A nós interessa esse debate ético", afirmou. E completou: "Vamos ter a oportunidade de verificar quem teve coragem de investigar, de cortar na própria carne e vamos ter a oportunidade de perguntar qual a posição do candidato Geraldo Alckmin sobre a compra de votos da reeleição. Por que foi abafada no governo Fernando Henrique? Por que tantas CPIs foram vedadas no governo anterior?"

O ministro evitou comentar a promessa de apoio a Lula feita pelo ex-presidente Fernando Collor de Mello, eleito senador em Alagoas. Sobre o apoio recebido por Lula na campanha eleitoral do deputado Jader Barbalho (PMDB-PA), que renunciou para não ter o mandato cassado, o ministro disse que tanto o deputado como o senador Ney Suassuna, citado nas investigações sobre a máfia da ambulâncias, foram figuras importantes no governo de Fernando Henrique Cardoso. "Nós não podemos impedir as pessoas de ter posições", destacou.

Tarso Genro confirmou que amanhã o presidente Lula receberá todos os governadores eleitos que o apóiam. Além disso, disse que a Região Sul, onde Lula recebeu menos votos que Alckmin, terá um tratamento especial.

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