Susep estuda perimitir o acesso a seguros por classes C e D

O governo quer expandir o mercado nacional de seguros, de forma a permitir o acesso das camadas C e D da população. Para isso, o titular da Superintendência de Seguros Privados (Susep), órgão vinculado ao Ministério da Fazenda, René Garcia, acredita que será necessário identificar os fatores que estão impedindo a democratização.

Segundo Garcia, um desses fatores é o custo de apólice, que terá de ser reduzido. Em segundo lugar, ele acredita que é necessário estimular a criação de produtos ou mecanismos de seguro para as camadas de baixa renda, que envolvam custos menores, como seguro de vida, contra danos eventuais e patrimonial. Garcia revelou que a matéria já está sendo estudada pela Susep, em conjunto com a Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados e de Capitalização (Fenaseg).

O superintendente da Susep participou do I Fórum Nacional de Seguros, promovido pelo jornal Monitor Mercantil, na Bolsa de Valores do Rio. Para ele, toda essa operação passa pelo esforço de diminuir os custos de intermediação, que hoje ainda são muito elevados. ?O custo de cobrança bancária de um seguro é quase R$ 3,00, o que corresponde ao prêmio médio comprado?, explicou. Ele informou que a Fenaseg se predispôs a apresentar uma minuta de proposta sobre o assunto em prazo curto. A atuação da Susep em 2004 será centrada basicamente nisso, garantiu.

Garcia informou que pediu a algumas seguradoras que criem produtos para a grande massa. Ele citou em especial a área de capitalização como ideal para a baixa renda, embora tenha reconhecido que existam problemas de comunicação no setor. Segundo Garcia, uma pesquisa realizada pelo governo fluminense constatou que 72% da população do estado são indiferentes às questões de cunho financeiro e 94% das classes C e D nem querem saber desse assunto, o que contribui para diminuir a penetração da atividade seguradora. Ele acredita, porém, que no início do próximo ano já haverá novidades concretas para ampliação do alcance a todo o país do mercado segurador, que responde hoje por 3,2% do PIB.

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