As alas governista e de oposição ao governo dentro do PMDB fecharam um acordo par acabar com a guerra em torno da liderança do partido na Câmara. As cúpulas dos dois grupos decidiram marcar para dia 5 a eleição do novo líder.

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A bancada está sem comando desde ontem (28), quando o presidente da Casa, Aldo Rebelo (PC do B-SP), decidiu não reconhecer o deputado Waldemir Moka (MS) como líder. Rebelo tomou essa decisão ao examinar um mandado de segurança concedido a Moka pelo ministro Sepúlveda Pertence, do Supremo Tribunal Federal (STF).

O deputado do PMDB do Mato Grosso do Sul questionou no STF a validade da lista de apoios apresentada pela fileira governista para conduzir o deputado Wilson Santiago (PB) à liderança. Pertence considerou, no entanto, que Santiago não tinha apoio da maioria da legenda, uma vez que dois deputados da bancada haviam retirado as assinaturas da relação de adesão dos governistas.

A briga, que provocou a troca de socos entre governistas e oposicionistas, ficou mais acirrada desde a semana passada, por conta da partilha dos 12 postos de comando em comissões técnicas da Câmara que cabem à sigla, incluindo três presidências.

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Sem líder, a agremiação não poderá indicar os representantes nas comissões. A nova eleição de líder havia sido pedida por Moka para acabar com a guerra de listagens. A diferença agora é que o PMDB ficará uma semana sem líder porque o presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP), contrariando um parecer da própria assessoria jurídica, recusou-se ontem à noite a reconhecê-lo como líder.

A decisão de Rebelo gerou protestos. "Foi um ato arbitrário, uma ação golpista a serviço do poder central", atacou o deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS), convencido de que a resolução dele foi fruto de pressão do governo, que não quer um líder da ala de oposição à frente da bancada.

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