Síria nega ter chamado árabes de “meio-homens”

O presidente da Síria, Bashar Assad, não estava se referindo aos líderes árabes quando disse que aqueles que não apoiavam o Hezbollah eram "meio-homens", afirmou neste domingo (20) seu ministro das Relações Exteriores em entrevista a um jornal do Kuwait.

"O que o presidente Assad quis dizer com essa frase era àqueles indivíduos dentro da Síria e talvez fora que lançam dúvidas sobre a habilidade de resistência para alcançar a vitória", disse o ministro Walid Moallem ao Diário Al-Anba, que divulgou o conteúdo à Associated Press. A entrevista completa será publicada na segunda-feira.

Assad disse, em discurso televisionado na terça-feira, que a guerra no Líbano tinha "revelado meio-homens", numa referência a oposição da Arábia Saudita, Egito e Jordânia ao seqüestro dos dois soldados israelenses que provocou o início do conflito em 12 de Julho entre Israel e a milícia.

Os comentários provocaram uma onda de indignação entre os países árabes e evidenciou a divisão entre eles. Embora Moallem tenha evitado a reunião da Liga Árabe entre os ministros de relações exteriores, as declarações pareceram indicar que a Síria, um dos apoiadores do Hezbollah junto com o Irã, estava tentando consertar o racha.

O presidente sírio está se dedicando às relações pessoais e oficiais com os líderes árabes com o objetivo de manter a "solidariedade árabe", disse Moallem ao jornal.

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