Brasília ? O vice-presidente do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), Paulo Rizzo, afirmou que a greve dos professores universitários deve continuar. Rizzo deu a declaração após coletiva do ministro da Educação, Fernando Haddad. Na entrevista, o ministro disse que disse que o governo vai enviar ao Congresso um projeto de lei com as propostas para os professores.
Para o ministro, essa foi a melhor saída, uma vez que o ministério apresentou aos grevistas três propostas dentro do que era possível oferecer à categoria, mas nenhuma delas foi aceita. "Não há novidade no que ele apresentou e, portanto, nós acreditamos que a greve vá continuar, evidentemente quem decide sobre a continuidade ou não da greve são as assembléias de base, que vão se posicionar a respeito disso", afirmou Rizzo.
No entendimento do vice-presidente do Andes, o governo federal rompeu unilateralmente as negociações. Segundo ele, os professores em greve vão pedir o apoio da Casa Civil, que está finalizando a proposta, para "que não saia o projeto de lei". Ele afirmou que a categoria também está disposta a recorrer aos parlamentares. "Nós vamos ter que continuar atuando, no Congresso Nacional, caso vá o projeto de lei, na busca do atendimento às nossas reivindicações."
Os professores universitários reivindicam reajuste salarial 18% sobre o vencimento básico e a equiparação da Gratificação de Estímulo à Docência (GED), para que haja paridade entre aposentados e servidores na ativa. Entre outros pontos, também pedem a realização de novos concursos públicos para a reposição de vagas nas instituições federais de ensino superior.