Setor de cigarro causa prejuízo de R$ 4 bilhões por sonegação

A Receita Federal calcula que chega a R$ 4 bilhões o rombo nos cofres públicos por sonegação fiscal no setor de cigarros no Brasil. Das 16 empresas fabricantes de cigarros que atuam no País, nove funcionam com base em liminares concedidas pela Justiça. O setor é um dos principais alvos da fiscalização da Receita este ano.

"São dívidas impagáveis", disse o coordenador de Fiscalização da Receita Federal, Marcelo Fisch. Segundo ele, o registro dessas nove empresas foram cancelados, mas a Justiça tem autorizado o funcionamento delas por meio de liminares. "A Receita tenta impedir a sonegação, mas a Justiça reabre as fábricas, que continuam sonegando", criticou o coordenador da Receita.

Hoje, a Operação Bola de Fogo da Polícia Federal prendeu 70 pessoas acusadas de integrar uma quadrilha responsável pelo comércio clandestino do produto no Brasil. Entre os presos estão empresários, contrabandistas, "laranjas", advogados e servidores públicos. Eles cometeram contrabando, descaminho, sonegação fiscal, corrupção ativa e passiva, exploração de prestígio, falsidade ideológica, evasão de divisas, lavagem e ocultação de ativos ilícitos. A Receita também fechou hoje a fábrica Sudamax pela prática reiterada de sonegação fiscal. Segundo o coordenador de Fiscalização do órgão, outras empresas do setor estão sendo investigadas.

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