Servidores da UFPR paralisam atividades

Professores e técnicos administrativos da Universidade Federal do Paraná (UFPR) fazem uma paralisação hoje, no Dia Nacional da Luta do Servidor Público. Cerca de 4 mil funcionários da instituição não deverão trabalhar, suspendendo as aulas e demais atividades, além de parte do atendimento do Hospital de Clínicas (HC).

?Os serviços essenciais do hospital serão mantidos, só não faremos as atividades de menor necessidade, como a marcação de consultas. Não queremos que a população seja prejudicada por nossa manifestação?, disse o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau Público do Paraná (Sinditest), José Carlos Belotto.

Ele explicou que a paralisação, que ocorre em todo o País, é em decorrência de três propostas que tramitam no Congresso Nacional e que, segundo ele, aniquilam o serviço público. ?Eles querem limitar os gastos com pessoal e congelar nossos salários. O PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) inclui um projeto de lei que impõe um limite de despesas com pessoal. O dispositivo impõe, na prática, um congelamento de salários até 2011. É zero por cento de aumento até 2011 para os servidores das universidades. Enquanto isso, a cesta básica, transporte, combustíveis, escola e plano de saúde estão subindo regularmente?, disse o presidente. ?E os servidores sequer vão poder protestar já que o governo vem dizendo que vai proibir o direito de greve em serviços essenciais?, concluiu.

Os servidores da UFPR iniciam a concentração às 9h no pátio da Reitoria da universidade. Servidores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e professores da rede municipal também devem aderir à manifestação. Belotto garante que amanhã os servidores retornam ao expediente normal, mas revelou que, se não forem atendidas as reivindicações, uma greve pode ser deflagrada na segunda semana de maio, após a reunião da Federação Nacional dos Servidores Públicos Federais.

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