Serra chama Lula de grosseiro e não rebate crítica

O candidato do PSDB ao governo do Estado de São Paulo, José Serra, reagiu nesta segunda-feira (21) às acusações de que "vomitava preconceito", feitas ontem pelo presidente e candidato à reeleição pelo PT, Luiz Inácio Lula da Silva, durante comício realizado em Osasco. "Ele (Lula) foi tão grosseiro que eu não me sinto em condições de travar um diálogo. A hora em que ele fizer observações sem grosseria, eu posso responder", destacou Serra, após almoço com empresários na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Na avaliação do tucano, as "caneladas estão crescendo" cada vez mais nesta campanha, e considerou que, apesar de prever este tipo de ataque, não contava "com caneladas deste tamanho". E citou que sua campanha para a Prefeitura de São Paulo (2004), na qual sua adversária foi a petista Marta Suplicy, teve um nível muito melhor. No seu entender, responder aos ataques que está sofrendo "seria baixar o nível da campanha".

Questionado se teme alguma retaliação por parte do presidente Lula, caso o candidato de seu partido à Presidência da República Geraldo Alckmin, não vença este pleito, Serra foi cauteloso: "São Paulo não pode sofrer retaliação impunemente. Não acredito que sofra retaliação de nenhum presidente da República, pelo peso que tem o Estado e a força que vou dar para o governo de São Paulo", disse, e complementou: "eu espero que essa consideração seja desnecessária, porque estou confiante na eleição de Alckmin".

Serra classificou como positivo o encontro com os empresários da Fiesp, salientando que eles têm muitos pontos em comum com o seu programa de governo. "O problema número um de São Paulo e do Brasil é o emprego, por isso faremos uma aliança pelo emprego e pela produção". Serra brincou que algumas de suas propostas, tais como a criação de uma agencia de fomento e de um banco de desenvolvimento para São Paulo estão sendo copiadas por outros candidatos.

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