Serasa anuncia queda acentuada na inadimplência de empresas

O Indicador Serasa de Inadimplência, o único e mais completo índice do país baseado em modelo estatístico de múltiplas variáveis, que contempla todas as modalidades de inadimplência da economia brasileira (registros de cheques devolvidos, títulos protestados, dívidas vencidas com instituições financeiras, empresas do varejo, cartões de crédito e financeiras), apresentou queda de 16,6% da inadimplência de pessoa jurídica, de janeiro a junho de 2004, quando comparado com igual período de 2003, que registrou alta de 7,3% em relação ao semestre de 2002.

O estudo apontou ainda que houve queda da inadimplência de empresas nos três bimestres do ano. Segundo o Indicador Serasa de Inadimplência, o maior decréscimo foi registrado no terceiro bimestre (maio e junho), de -21,2%. O segundo bimestre (março e abril) fechou em -12,2% e o primeiro apresentou queda de 16,2%.

Segundo técnicos da Serasa, a diminuição da inadimplência de empresas em todo o país, no primeiro semestre do ano, é resultado do crescimento da economia brasileira, que vem propiciando maior geração de recursos para as empresas pagarem seus compromissos. O maior nível de atividade econômica contribuiu também para o aumento das vendas das empresas, principalmente do setor industrial e agronegócios, que foram favorecidas pela expansão das exportações.

A realização de novos negócios, o melhor controle de estoques e a renegociação de preços e prazos com fornecedores permitiram às empresas administrar o orçamento de modo mais equilibrado.

Os técnicos ressaltam que o aumento da carga tributária por causa da mudança das regras de cálculo, as altas taxas de juros praticadas pelo mercado e o reajuste das tarifas públicas continuam sendo os maiores desafios enfrentados pelas empresas neste ano, pois dificultam o pagamento de dívidas assumidas anteriormente.

De acordo com o Indicador Serasa de Inadimplência, a maior representatividade na inadimplência de empresas de janeiro a junho de 2004 é de títulos protestados com a participação de 45%, inferior aos 49% registrado em igual período do ano anterior e 48%, em 2002. O segundo índice na representatividade é o de cheques sem fundos, que aumentou de 36% em 2003 para 39% do total neste ano. Em 2002, a participação dos cheques devolvidos era 37%.

Segundo o estudo, o valor médio das anotações negativas de cheques sem fundos (PJ) atingiu R$ 1.150 em junho. Já o de títulos protestados este ano registrou R$ 1.313,00. O valor médio dos registros no sistema financeiro foi R$ 2.760,00.

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