Senadores falam em cassação de Lula

O depoimento do publicitário Duda Mendonça e da sócia dele, Zilmar Silveira, à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Correios levou diversos senadores da oposição a falar, nos corredores, na cassação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"Não desejávamos o impeachment, mas agora não tem como deixar de discuti-lo", afirmou o senador Álvaro Dias (PSDB-PR), que é membro da CPI. Segundo Dias, no testemunho, Duda Mendonça "confessou infrações a meio Código Penal".

No mesmo espírito, o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), que assistiu a parte do depoimento dele e de Zilmar, disse que saiu "perplexo" da sessão e relatou: "Encontrei o Bornhausen (presidente nacional do PFL, senador Jorge Bornhausen, de Santa Catarina), que me perguntou: ‘E agora?’ A sensação é de que há um clima de impeachment."

O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), que faria um discurso em plenário sobre o pagamento de uma suposta dívida de Lula com o PT pelo ex-procurador dele (em 2002) Paulo Okamotto, atual presidente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), decidiu reavaliar o propósito e ir para a comissão. "Vou para a CPI porque, depois de tudo o que o Duda falou, Okamotto ficou pequeno", afirmou.

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