Integrante da tropa de choque do governo na CPI dos Correios, a senadora petista Ideli Salvatti virou vidraça e pode acabar investigada pela Corregedoria do Senado. Investigação realizada pelo Ministério Público Federal em Santa Catarina descobriu que suas contas bancárias movimentaram R$ 1,1 milhão nos anos de 2004 e 2005, período que coincide com o funcionamento do esquema do valerioduto.
Os valores, segundo reportagem do Correio Braziliense, são quase cinco vezes maiores do que os rendimentos anuais da senadora.
O corregedor do Senado, Romeu Tuma (PFL-SP), afirmou que vai analisar os dados da denúncia. "Temos de saber apurar, porque ela é a primeira a vir para tribuna para falar e pedir investigação a qualquer publicação que apareça", disse Tuma.
"Quero que apurem até as últimas conseqüências a quebra do meu sigilo bancário e todo o caso", afirmou Ideli. Em sua defesa, a senadora disse, sem apresentar provas, que todos os seus rendimentos estão declarados. Afirmou ainda que sua movimentação bancária foi de R$ 1,1 milhão porque fez três empréstimos para pagar dívidas pessoais e outdoors que espalhou por Santa Catarina. "No total, os três empréstimos foram de cerca de R$ 250 mil", afirmou Ideli.