O Partido dos Trabalhadores acaba de descobrir a figura emblemática do atraso cultural do baixo clero, até esse momento só localizado nos demais grêmios políticos que compõem o Congresso Nacional.
Trata-se do senador Sibá Machado (PT-AC), suplente da senadora Marina Silva, escolhida pelo presidente Lula para o Ministério do Meio Ambiente. Machado, sabidamente um dos milhões de brasileiros que não conseguiu avançar nos estudos, mas conquistou espaço à custa de muito sacrifício, por infelicidade ou má-fé, acabou de perder a grande oportunidade de firmar-se com louvor no proscênio político.
O senador acreano, em entrevista ao site ?Congresso em Foco? não apenas referiu-se ao mensalão como mentira, mas pregou a absolvição de todos os onze deputados passíveis da perda do mandato, pelo simples fato de terem feito coisas abomináveis, como pegar dinheiro por baixo do pano, na mais infantil das inocências.
E, se foi assim, não merecem a menor punição.
Espírito de compreensão e brandura que não demonstra ao falar de José Dirceu, José Genoino, Delúbio Soares et caterva. Gente que traiu o PT abertamente e por isso merece as penas do inferno crepitante.
Já os deputados do seu e outros partidos, eventualmente envolvidos na maracutaia armada por Delúbio e Marcos Valério, foram ludibriados e não devem ser castigados, incluindo o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), também beneficiário das valerianas em 1998.
A desfaçatez de Machado, citado entre as principais figuras do Congresso, vai ao ponto de admitir que ele próprio não recusaria empalmar recursos do caixa dois – é apenas hipótese – se o tesoureiro do partido lhe acenasse com a possibilidade.
Nem a pororoca marajoara causa tanto estardalhaço.


