Sem-terra atendem governo e retiram gado da Fazenda São José

Não foram necessários os seis dias de prazo concedidos pela Secretaria de Estado da Segurança Pública para que as cerca de 48 famílias do Movimento dos Sem-Terra (MST) retirassem a criação de gado que mantinham na fazenda São José. No fim da tarde desta quinta-feira (24), os sem-terra finalizaram o transporte em caminhões das cerca de 400 cabeças de gado, em cumprimento a um mandado de manutenção de posse. Além disso, os sem-terra também retiraram mangueiras para regar hortas, tanques de água e maquinário agrícola da fazenda invadida.

Aquelas famílias vivem, desde agosto de 2001, em um sítio alugado em Campina da Lagoa, região Centro-Oeste do Paraná, vizinho à fazenda São José, e invadiram a propriedade com a criação e plantação. Parte do gado, em torno de 200 cabeças, foi vendida para um pecuarista da região, e a outra metade foi conduzida para outra área, que foi arrendada pelos integrantes do movimento.

Setenta policiais militares, comandados pelo tenente-coronel José Rigoni Filho, do 11.º Batalhão de Polícia Militar, de Campo Mourão, acompanharam a operação. Segundo Rigoni, 10 homens da Polícia Militar com duas viaturas da Ronda Ostensiva de Natureza Especial (RONE) deverão permanecer na fazenda até o próximo domingo (27) para garantir a tranqüilidade e a ordem na região.

De acordo com o coronel Antônio Amauri Ferreira Lima, do Comando de Policiamento do Interior, a operação foi conduzida de forma pacífica.

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