Sem contar juro, governo economiza R$ 10,4 bilhões em junho

As contas do setor público (União, Estados, municípios e empresas estatais) apresentaram, em junho, superávit primário de R$ 10,444 bilhões ante R$ 6,303 bilhões em maio e R$ 9,623 bilhões em junho de 2005. No primeiro semestre de 2006, o superávit acumulou R$ 57,154 bilhões, o equivalente a 5,77% do Produto Interno Bruto (PIB), valor que está acima da meta de 4 25% programada para 2006. Todos esses valores não incluem as despesas com juros

De acordo com dados divulgados hoje pelo Banco Central (BC), no primeiro semestre de 2005 o superávit acumulado foi de R$ 59,950 bilhões (6,53% do PIB) e, em 12 meses acumulados até junho, subiu para R$ 90,709 bilhões, o equivalente a 4,51% do PIB. Nos 12 meses acumulados até maio, estava em 4,50% do PIB.

A dívida líquida do setor público consolidado recuou em junho para 50,3%, o que em valores significa R$ 1,024 trilhão. Em maio a dívida representava 50,6% do PIB, em R$ 1,018 trilhão; e em dezembro de 2005, correspondia a 51,5% do PIB, em R$ 1,002 trilhão

De acordo com a nota do BC, o superávit primário no ano impulsionou uma queda de 2,8 pontos porcentuais do PIB na dívida enquanto o efeito do PIB valorizado e a apreciação cambial acumulada no ano contribuíram com reduções correspondentes a 2,3 pontos porcentuais e 0,3 ponto porcentual, respectivamente

Por outro lado, somente a apropriação de juros nominais contribuiu para elevação da dívida em 4 pontos porcentuais. E o ajuste de paridade na cesta de moedas que compõem a dívida externa líquida deu uma contribuição de 0,2 ponto porcentual. Como resultado líquido, a dívida caiu 1,2 ponto porcentual em junho, ante a posição do final de 2005

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