Seleção rejeita manipulação política em Fortaleza

A exploração política do amistoso do Brasil, nesta quarta-feira, em Fortaleza, por causa da presença do candidato a presidente Ciro Gomes (PPS), a convite da direção da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), foi rejeitada pelos jogadores da seleção. A maioria não admite o eventual uso de suas imagens para outros fins. ?Eu vim aqui para jogar futebol, só isso?, declarou o lateral Roberto Carlos.

Rivaldo até se surpreendeu ao saber que a equipe de Ciro pretende gravar passagens do candidato no vestiário da seleção. ?Não fui informado sobre nada disso e nem quero opinar.?  Pouco a pouco, outros jogadores tomavam conhecimento da intenção real da CBF ao marcar uma partida novamente para Fortaleza, como ocorreu em março, no último amistoso do Brasil no País – contra a Iugoslávia – antes do Mundial.

O lateral Cafu, o mais veterano do grupo, seguiu a linha de Roberto Carlos e disse que foi convocado somente para um jogo de futebol. ?É o que sei fazer, não quero me envolver em outras questões.? 

O novo ídolo da torcida brasileira, o meia-atacante Kaká  também deixou seu recado ao assegurar que não posaria para foto com políticos. ?Não gosto disso.? 

O zagueiro Anderson Polga foi outro que rechaçou qualquer uso político do amistoso comemorativo do pentacampeonato. ?Não vim para Fortaleza com outro pensamento se não o de atuar pela seleção. Procuro separar bem as coisas.?  Ronaldo não deu entrevistas nesta terça, mas dificilmente se deixará filmar ao lado do presidenciável.

Luizão – Uma oficial da Justiça do Trabalho entregou uma notificação ao atacante, na qual se exige que ele compareça à Justiça de Porto Alegre em 30 de setembro para uma audiência sobre um processo movido pelo Grêmio. O clube gaúcho alega que Luizão lhe deve R$ 400 mil, por ter rompido contrato. À noite, o atleta parecia mais calmo e disse que vai passar o caso para seus advogados analisarem.

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