Seleção de vôlei minimiza atrito entre atletas no jogo

Os jogadores da seleção brasileira masculina de vôlei minimizaram o desentendimento ocorrido entre o levantador Ricardinho, o meio-de-rede Gustavo e o líbero Escadinha, no segundo set da vitória por 3 a 1 sobre a Bulgária, nesta quarta-feira (29), que assegurou a classificação da equipe para as semifinais do Mundial do Japão.

"Fiquei chateado porque fui cobrar dos outros jogadores e eles disseram que eu estava atrapalhando. Mas foi uma coisa do jogo", afirmou Ricardinho, que é capitão da equipe e foi substituído no segundo set por Marcelinho, que seguiu em quadra até o fim da partida. Após a vitória, o levantador não foi participar do cumprimento na quadra, apesar de ser insistentemente chamado pelos colegas. "Vamos conversar, cada um no seu canto, e amanhã (quinta), no café da manhã, já vai estar tudo bem de novo.

Outro envolvido na briga, Gustavo comparou a situação a uma discussão familiar. "Foi coisa normal, de jogo. Já está tudo bem entre nós e tenho certeza de que isso não vai nos atrapalhar daqui em diante. Eu já discuti com minha mulher, já briguei com os meus filhos e voltamos a nos entender. Aqui é a mesma coisa", explicou o jogador, que sofreu um leve entorse no tornozelo direito, no terceiro set, deu lugar a Rodrigão e também não voltou mais à partida.

O médico Álvaro Chamecki afirmou que a situação do jogador não é preocupante, embora ele continuasse sentindo dor após a partida. "Ele vai ser analisado com mais cuidado, mas a princípio foi um leve entorse que não parece grave", explicou.

O técnico Bernardinho Rezende, sempre duro na hora de cobrar os atletas em quadra, afirmou que não vê nenhum problema no entrevero, desde que a situação se resolva rapidamente. "Isso é normal num time que está junto há seis anos, não foi a primeira discussão e certamente não será a última. Às vezes as pessoas podem errar na forma de cobrar, mas o que não podemos é duvidar da intenção do outro", encerrou o técnico.

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