15 anos depois

Condenação de empresário por morte de adolescentes em show no Jockey é anulada

TJ-PR anula condenação de empresário por morte de adolescentes em show do Jockey em 2003.
Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

O júri que condenou por homicídio o empresário Atayde de Oliveira Neto, no caso dos adolescentes mortos num show de rock no Jockey Clube, em 2003, foi anulado pelo Tribunal de Justiça do Paraná nesta quinta-feira (18). Com isto, o empresário deverá ser levado novamente a júri popular.

Conforme o advogado de defesa do réu, Claudio Dalledone Júnior, a decisão do júri, realizado no ano passado, foi contrária às provas dos autos. Por isto, a defesa recorreu junto ao Tribunal de Justiça e conseguiu da Primeira Câmara Criminal, em voto unânime dos desembargadores, a anulação do júri.

Ainda não há data para que o julgamento ocorra novamente.

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Relembre o caso

O Show “Unidos Pela Paz”, que reunia as bandas Raimundos, Natiruts, Tihuana e Charlie Brown Jr., ocorreu numa noite de sábado, 31 de maio de 2003. Os portões do Jockey Clube foram abertos às 19h para o público. Mas, às 21h20, quando a banda Raimundos começou a tocar, ainda havia fila de um quilômetro do lado de fora, de jovens tentando entrar, com seus ingressos na mão. Apesar disto, a casa já estava cheia e, por isto, os seguranças particulares do evento fecharam os portões.

Do lado de fora, começou um empurra-empurra, do público tentando entrar. Com isto, várias pessoas foram prensadas e pisoteadas, resultando na morte de três adolescentes e mais outras 40 pessoas feridas. Morreram os estudantes Larissa Cervi Seletti, 15 anos, e Jonathan Raul dos Santos, da mesma idade. Mariá de Andrade Souza, 14 anos, chegou a ser socorrida pelo Siate, mas morreu a caminho do hospital.

O réu foi mandado a júri popular em 31 de maio do ano passado, exatos 14 anos após o fatídico show, e condenado a 14 anos de prisão. Mas estava recorrendo da decisão em liberdade. Conforme investigações da época, o show não tinha alvarás da prefeitura, nem dos Bombeiros.

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