Não foi suicídio

Tatiane Spitzner morreu por asfixia mecânica, diz laudo do IML

A morte da advogada Tatiane Spitzner foi provocada por asfixia mecânica. Essa foi a informação que ganhou destaque nesta quinta-feira (20), ao ser divulgada pelo diretor do Instituto Médico-Legal (IML), Paulino Pastre. Segundo o laudo de necropsia, concluído quase dois meses após o crime, a asfixia teria sido causada por esganadura e com sinais de crueldade. O marido dela, Luis Felipe Manvailer, continua preso apontado como autor do crime.

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Em entrevista à RPCTV, o diretor do IML explicou que o estudo feito pelos médicos legistas de Guarapuava já indicava desde o começo que o crime se tratava de uma morte violenta. O procedimento pericial confirmou os exames realizados em Curitiba e também a necropsia que foi feita em Guarapuava mesmo. “Tatiane morreu e posteriormente caiu do prédio”, disse Paulino Pastre.

Segundo o diretor do IML, vários elementos ajudam a comprovar que houve esganadura, além da fratura do osso hioide, que fica na região do pescoço e a perícia descobriu que a pessoa que matou Tatiane pressionou os próprios dedos. “Fazendo um processo de edema que é constatável no exame”, detalhou.
A demora na conclusão, no prazo de quase dois meses, foi necessária pela complexidade do exame, conforme o diretor do IML. O que a perícia concluiu também é que houve luta antes de Tatiane morrer e que um exame toxicológico indicou um grau elevado de alcoolemia no corpo da vítima. “O que sugere que ela estava bastante fragilizada até para se defender no momento”.

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Em nota, os advogados de Luis Felipe Manvailer, que está preso desde o dia do crime, informou que quando for intimada sobre o conteúdo dos laudos vai submetê-los aos assistentes técnicos com expertises nas matérias. Sendo assim, só depois, vai se pronunciar.

Com tristeza recebeu a notícia a família de Tatiane que, também em nota, disse que a advogada “já estava morta quando foi jogada da sacada por Luis Felipe Manvailer”. Para os advogados, o apontado como autor do crime mente desde o inicio e não houve suicídio e sim feminicídio.

Já a promotora Dúnia Rampazzo, responsável pelo caso, também em entrevista à RPCTV, disse que os laudos apenas dão a certeza de que Tatiane foi morta dentro do apartamento. “Comprovam que o acusado matou a vítima dentro do apartamento mediante esganadura, porque a morte da vítima foi produzida por asfixia mecânica e posteriormente jogou o corpo da vítima pela sacada do apartamento”.

Relembre o crime de Tatiane Spitzner

Tatiane morreu na madrugada do dia 22 de julho, depois de supostamente cair de um edifício no Centro de Guarapuava. O marido dela, Luis Felipe, foi preso após sofrer um acidente na BR-277, a 340 quilômetros da cidade. Aos policiais, disse que se acidentou porque a imagem da esposa pulando a sacada não saía da cabeça dele.

A afirmação, porém, começou a ser duvidada. Para o Ministério Público do Paraná (MP-PR), Luis matou a mulher e a jogou pela sacada. Testemunhas teriam visto o homem inclusive recolhendo o corpo de Tatiane e levando de volta ao apartamento. Câmeras de monitoramento também registraram essa ação.
O casal estava junto havia cinco anos e parecia ser feliz, mas a família de Tatiane afirma o contrário e o MP-PR diz que ela era vítima de um relacionamento abusivo. A família, inclusive, disse que a advogada queria pedir o divórcio.

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