Fortemente armados

Polícia quer entender o que o quinteto morto em confronto na RMC planejava

A Polícia Civil de Quatro Barras, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), está investigando a ação que acabou com cinco mortos embaixo do viaduto do Contorno Leste, a BR-116, no último domingo (11). À Tribuna do Paraná, o delegado Luiz Carlos de Oliveira disse, nesta sexta-feira (16), que busca entender, principalmente, o que os cinco pretendiam fazer estando fortemente armados.

Renato de Paula Silva, Leandro Luiz Moreira, Jhonatan Prasmoski Silva da Rosa, Kaio de Santis Comar e Diego Matheus foram mortos ao reagirem a uma tentativa de abordagem de policiais da Ronda Tático Motorizada (Rotam). Quatro deles estavam num Voyage, que parou no canteiro central da Avenida Dom Pedro II, e outro num Peugeot, que parou numa marginal da rodovia.

Dois fuzis e duas pistolas foram aprendidos. Bandidos também estavam com vários carregadores. Foto: Colaboração.
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Com os mortos, os policiais apreenderam dois fuzis, duas pistolas e um revólver calibre 38. Além disso, os dois veículos, eram roubados e já estavam com placas trocadas para despistar a polícia. O Voyage tinha sido levado em assalto no bairro Pinheirinho, em Curitiba.

Além das armas, foram apreendidos os celulares usados pelos cinco homens, que devem ser peças-chave para as investigações. “Os aparelhos podem ter conteúdo que vão nos apontar o que o grupo pretendia. Porque sabemos que algum crime eles estavam planejando”, explicou o delegado.

Conforme Luiz Carlos de Oliveira, pelo menos um dos mortos tinha passagens criminais e estava, inclusive, foragido do sistema prisional. “Mas cada um deles era de um lado. Um deles era paulista e outro de Foz de Iguaçu, no Oeste do Paraná”.

O fato de dois dos mortos usarem luvas cirúrgicas chamou a atenção da PM e também da Polícia Civil. “Isso (o uso das luvas) deve ser pelo fato deles usarem armas. Não queriam deixar impressões digitais, porque eles acreditavam que assim não seriam descobertos. Justamente por isso nos leva a crer que algo bom eles não pretendiam”, comentou o delegado.

Prisão da esposa de um dos suspeitos é peça chave na investigação. Foto: Reprodução/Facebook
Prisão da esposa de um dos suspeitos é peça chave na investigação. Foto: Reprodução/Facebook

Até o momento, os policiais da cidade ainda não receberam nenhuma denúncia sobre os cinco mortos, mas como o inquérito policial já foi aberto, as investigações continuam. “Outra peça importante para nosso trabalho também pode ser a esposa de um deles, que foi presa por tráfico de drogas no dia do velório. Vamos ouvi-la para saber o que ela sabia sobre a situação toda”, adiantou Luiz Carlos de Oliveira.

Embora as suspeitas de que o grupo pretendia algum ataque a ônibus de turismo ou que estariam envolvidos em ação a banco, a princípio, a Polícia Civil não afirma qual era a intenção deles. “Justamente por isso que estamos investigando, para apurarmos o que motivou a estarem ali. E vamos descobrir logo”.

As armas apreendidas foram todas levadas à delegacia da cidade, mas devem ser encaminhadas ao Instituto de Criminalística. Os celulares também devem ter o mesmo destino, pois são peças importantes para as investigações. Denúncias que possam ajudar no trabalho da Polícia Civil podem ser passadas pelo telefone da delegacia, que atende através do número (41) 3672-5114.

Vídeo

Veja a entrevista completa com o capitão Aires, no dia do confronto, direto do local do crime:

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