Um estudante é suspeito de estupro de uma mulher na Casa do Estudante Universitário de Curitiba (CEU), no dia 11 de agosto. O crime teria ocorrido durante uma festa que celebrava os 70 anos da CEU. A investigação segue em sigilo de Justiça na Delegacia da Mulher, mas a Polícia Civil já identificou o suspeito após a vítima registrar o boletim de ocorrência (B.O.). O caso veio à tona a partir de denúncia anônima feita na internet, em um grupo do Facebook.

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Segundo a publicação do Facebook, o estupro ocorreu por volta das 4h, já na madrugada pós festa. O texto da denúncia ainda aponta que, durante a festa, conforme imagens de câmeras de segurança, o suspeito estaria conversando com outros residentes às 3h51. Às 3h56, ele teria saído com a vítima, que não era moradora.

A postagem denuncia que a mulher estaria alcoolizada e que o suspeito tentava subir com ela pelo elevador, mas foi questionado pelo recepcionista. Após registro manual da mulher na recepção, os dois teriam chegado no elevador às 3h59. Às 5h04, segundo o relato, a moça teria sido encontrada por uma moradora da CEU próximo à recepção. Ela teria alegado estar em um quarto em que o homem não a deixava sair.

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A mulher registrou B.O. na Delegacia da Mulher e foram realizados exames de corpo de delito. Após a denúncia, em um primeiro momento, o Conselho Fiscal da CEU optou pela expulsão do morador suspeito do estupro. Ele recorreu da decisão e a expulsão passou a ser analisada pelo Conselho Curador e Conselho Administrativo.

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Na última quarta-feira (3), a decisão pela expulsou tornou-se definitiva. A CEU é regida por esses três conselhos citados, sendo que o Conselho Curador é o único formado por estudantes moradores e membros externos da comunidade.

De acordo com Cleverton de Quadros, presidente do Conselho Administrativo, após o caso a administração da CEU planeja apresentar proposta para proibir a realização de festas no local, bem como, proibir o consumo de bebidas alcoólicas nas dependências da CEU. Além disso, há possibilidade de se criar uma comissão – formada por mulheres – de estudos da temática – para buscar melhorias administrativas que evitem situações de risco como a ocorrida.

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“É uma situação triste. É um acontecimento que não é corriqueiro, é algo excepcional. As medidas que podíamos tomar, como a expulsão do morador, nós tomamos. Seguimos todos os trâmites administrativos para isso, incluindo oferecer a oportunidade para o morador recorrer da primeira decisão. Agora, cabe à justiça investigar”, disse Quadros.

A Delegacia da Mulher não deu mais detalhes sobre o caso por causa do segredo de justiça.

Defesa

Nesta segunda-feira (8), a defesa do acusado alegou que foi uma falsa denúncia e que pretende processar a outra parte.

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