Crueldade

Homem é preso na Grande Curitiba, suspeito de torturar e matar ex-mulher

Um crime brutal de feminicídio que vitimou Andréia Ribeiro Soares, 34 anos, foi esclarecido pela Delegacia de Pinhais nos últimos dias, após a prisão do ex-marido da vítima e autor do crime, Antônio Carlos Simioni, mais conhecido como “Toninho”, 51 anos.

O suspeito foi localizado pela equipe policial em um bar de sua propriedade, situado no município de Contenda, Região Metropolitana de Curitiba (RMC). “Toninho” não reagiu a prisão e preferiu falar somente em juízo.

O crime aconteceu no dia 28 de dezembro do ano passado, no interior de uma lanchonete na Rodovia João Leopoldo Jacomel, em Pinhais – estabelecimento que ficou sob a direção de “Toninho” depois da separação do casal.

Conforme informações apuradas pela polícia, o suspeito teria telefonado para Andréia, pedindo que ela fosse até o local, alegando que precisaria entregar a ela um valor em dinheiro referente a pensão do filho do casal.

Após esse encontro, Andréia teria desaparecido. Na época dos fatos, um Boletim de Ocorrência (BO) de desaparecimento foi registrado por familiares da vítima na Delegacia de Pinhais. Dias depois, um corpo com as mesmas características de Andréia foi encontrado às margens de um rio no município de Bocaiuva do Sul, também na RMC.

“A irmã da vítima fez o reconhecimento do corpo. A partir deste fato, iniciamos uma sequência de investigações para esclarecer o crime”, comenta o delegado-adjunto da Delegacia de Pinhais, Silas Roque dos Santos.

Segundo investigações, o crime foi cometido com requintes de crueldade. A perícia constatou que antes do assassinato, Andréia foi torturada com cortes realizados por faca e machado, tendo parcialmente partes do seu corpo mutilado, como orelhas e sola do pé.

Seus cabelos também foram cortados e a causa da morte se deu por asfixia. “Após consumar o homicídio, o suspeito colocou a vítima no porta-malas do seu veículo Corsa e a levou até a região de Bocaiuva do Sul, local onde ocultou o corpo”, explica o delegado.

Após jogar o corpo da vítima no rio, o suspeito colocou em seu o porta-malas um animal morto (porco) para tentar disfarçar a ação criminosa. Depois do crime, o homem levou o veículo até um lavacar, informando ao funcionário do local que havia carregado um animal morto. O suspeito chegou a vender o carro para não deixar suspeitas.

De acordo com o delegado, durante o percurso das investigações, a Polícia Civil solicitou ao Instituto de Criminalística, uma perícia no veículo Corsa e no interior do estabelecimento. “Em ambos os locais foi possível identificar vestígios de sangue humano pertencentes a vítima, o que comprova a autoria do crime”.

Investigações apuraram também que o crime foi passional, já que o suspeito não aceitava o fim o relacionamento.

O homem já possuía passagem pelo por homicídio. Ele responderá pelos crimes de feminicídio e ocultação de cadáver. O suspeito permanece preso à disposição da Justiça.