Prometido para dezembro de 2017, o novo módulo da Polícia Militar ao lado da Praça Santos Dumont, no Centro de Curitiba, foi inaugurado na manhã desta terça-feira (27). O prédio da antiga sinagoga da capital recebeu a sede da 1.ª Companhia do 12.º Batalhão da PM, que foi transferida do Passeio Público e gerou preocupação aos moradores e comerciantes da região. No entanto, a PM informa que o antigo módulo também continuará ativo, sendo utilizado pela polícia para atender a população no parque.

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O novo prédio na Praça Santos Dumont, entre as ruas Cruz Machado e Saldanha Marinho, possui mil metros quadrados e, além de funcionar como sede do batalhão, também receberá a Rotam – força policial qualificada para atender ocorrências de maior potencial de risco – e um cartório para confecção de Termos Circunstanciados de Infração Penal, para crimes de menor potencial ofensivo.

Segundo o 1º tenente Rodrigo Cruz, responsável pelo novo módulo, esse cartório ainda atenderá a Guarda Municipal e outras unidades da Polícia Militar como o Batalhão de Operações Especiais (BOPE) e o Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran), aumentando a presença policial na região. “Com certeza, a segurança na região será intensificada a partir de agora”, pontuou.

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E essa é uma preocupação recorrente de moradores, comerciantes e pedestres que convivem diariamente com os altos índices de criminalidade da região. A Praça Santos Dumont fica no coração de uma das áreas mais problemáticas do Centro de Curitiba, concentrando pontos de prostituição e de compra e venda de drogas a pouco mais de 300 metros de um dos cartões postais da cidade, a Praça Tiradentes e a Catedral de Curitiba, por onde passam muitos turistas todos os dias.

Exatamente por causa disso, a inauguração do novo módulo era esperada desde dezembro pelos curitibanos, como o técnico de manutenção Fábio Murillo de Souza, de 35 anos, que passa frequentemente pela praça. “Esses dias eu estava passando aqui e vi um cara oferecendo maconha na rua. Ele gritava como se estivesse vendendo um produto qualquer. Algo precisava ser feito urgente por aqui”, conta.

A obra

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De acordo com a Polícia Militar, a reforma no local iniciou em abril de 2016 com patrocínio do Centro Israelita do Paraná, mas foram paralisadas e retomadas apenas em dezembro, estendendo o prazo de transferência para março deste ano. “Tudo por questões referentes à burocracia”, explicou o tenente Cruz.

Nesse período, foi necessário trocar o telhado de madeira da antiga sinagoga e também instalar inúmeras salas, alojamentos, depósitos e um refeitório. “Foi feito um layout completamente novo para comportar o trabalho da polícia, pois antes era tudo aberto”, explicou o mestre de obras responsável pela reforma, Alexandre Arriola.

Mesmo assim, quem frequentava a antiga sinagoga ainda reconhece a estrutura. É o caso da arquiteta Vivian Troib, 59, e sua filha Anna Troib, 26. Moradoras do bairro Batel, elas fizeram questão de acompanhar a cerimônia de inauguração e verificar o que mudou no espaço. “O espaço onde as mulheres ficavam ainda está aqui e o local onde ficava o altar também”, aponta Vivian. No entanto, elas acreditam que a insegurança da região vai mudar. “Na época em que a sinagoga funcionava, a criminalidade ao redor já era altíssima. Então, fico feliz ao saber que o prédio agora será utilizado para lutar contra isso”, afirma.

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