Justificativa falsa

MP pede a prisão de acusado de matar Renata Muggiati. Ele jogou pôquer no dia da audiência

Foto: Divulgação/Ministério Publico do Paraná.
Foto: Divulgação/Ministério Publico do Paraná.

Raphael Suss Marques, acusado de matar a fisiculturista Renata Muggiati, em setembro de 2015, teve o pedido de prisão preventiva e a revogação da liberdade solicitados pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR). Ele está livre desde agosto de 2017, quando conseguiu o benefício da tornozeleira eletrônica.

+Leia mais! Audiência pode gerar reviravolta no julgamento do caso Renata Miggiati

O pedido de prisão do Ministério Publico foi feito na quarta-feira (06), pelo promotor Marcelo Balzer, e surgiu após o acusado ter, segundo as investigações, desobedecido uma proibição imposta pela Justiça que o proibia de frequentar bares e similares. Porém, ele foi flagrado em um torneio de pôquer em Curitiba, que aconteceu no mesmo dia de uma audiência em que ele faltou. Segundo as investigações, uma justificativa falsa foi apresentada por ele para este dia.

Segundo o promotor, o caso ocorreu no dia 23 de janeiro. O órgão esteve no local onde ocorreu o torneiro e constatou, por meio das comandas, que Raphael chegou por volta das 15h40 e lá permaneceu até 20h. Ele ficou, inclusive, em quinto lugar no torneio.

A defesa informou que não irá se pronunciar sobre a situação, uma vez que ainda não teve acesso ao processo. A defesa tem cinco dias para se pronunciar.

A morte de Renata Muggiati

Renata Muggiati morreu na madrugada do dia 12 de setembro de 2015, quando caiu do 31º andar de um prédio da Rua Visconde do Rio Branco, na esquina com Comendador Araújo, no Centro de Curitiba. Na noite do crime, Raphael Suss Marques teria dito à Polícia Militar (PM) que a mulher se jogou do prédio, porém, a DHPP desconfiou e encontrou elementos que pudessem acusa-lo de asfixiar e depois jogar o corpo da atleta pela janela, simulando então um suicídio.

Pouco depois da morte, os laudos sobre a morte se contradiziam: Enquanto outros exames diziam que ela tinha sido assassinada, pois ela já estaria morta quando foi jogada pela janela do apartamento, o laudo de necropsia, feito por Daniel Colman, dizia que ela morreu quando caiu ao solo, ou seja, que estava viva quando despencou do prédio.

Não demorou muito e Raphael foi preso pela DHPP e, na época, negou o homicídio. Ele se defendeu dizendo que a mulher sofria de depressão e que já tinha tentado suicídio outras duas vezes. O corpo de Renata foi exumado, a junta médica concluiu o homicídio com um novo exame. Raphael responde ao processo em liberdade, mas com algumas restrições impostas pela Justiça.

+ APP da Tribuna: as notícias de Curitiba e região e do trio de ferro com muita agilidade e sem pesar na memória do seu celular. Baixe agora e experimente!

Motorista atropela seis ciclistas na BR-277, deixa rastro de destruição e some!