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Morte de policial civil em confronto com a PM no último domingo é investigada

O homem morto num confronto com policiais militares na madrugada do último domingo (3), no Campo de Santana, em Curitiba, era um policial civil. Segundo a Polícia Militar (PM), Aldo Cesário dos Santos, 40 anos, armado com uma pistola, assaltou um posto de combustíveis e depois, ao ser abordado pela Polícia Militar (PM), teria reagido e morrido no tiroteio.

Como toda situação de flagrante, o boletim de ocorrência do confronto foi encaminhado à Central de Flagrantes, que fica no Centro de Curitiba. Na delegacia, os policiais souberam que se tratava de um policial civil e as investigações foram passadas para a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

O delegado Fábio Amaro, que comanda a DHPP, explicou que por envolver um policial civil, as investigações foram passadas para a especializada para que não restem dúvidas ao final do inquérito. “Vamos investigar as circunstancias da situação, ouvir os policiais. De concreto, por enquanto, temos o que foi encaminhado pela Central de Flagrantes e informações de testemunhas”, completou, sem detalhar o que já foi apurado para não atrapalhar nas investigações.

Além de continuar ouvindo todos os envolvidos na situação, a DHPP também vai buscar por imagens de câmeras de segurança da noite em que tudo aconteceu. “Segundo consta, durante o confronto, os policiais militares disseram desconhecer que se tratava de um policial civil. Isso vai ser apurado durante as investigações”, explicou Fábio Amaro.

Aldo Cesário dos Santos trabalhava na Divisão Policial da Capital (Dpcap). A assessoria de imprensa da Polícia Civil informou que vai aguardar as investigações. Além disso, o Departamento da Polícia Civil do Paraná detalhou, em nota, que houve um pedido do ex-chefe dele ao setor de psicologia para que fosse avaliada sua situação. “O policial, no entanto, não compareceu às sessões de psicologia e sequer atendeu aos telefonemas dos profissionais”, diz a nota.

Familiares relataram que já teriam procurado ajuda para o homem, pois enfrentava problemas. Segundo a Polícia Civil, não foi registrada qualquer comunicação, por parte de familiares do policial, e que a direção lamenta a morte do servidor e se solidariza com a dor dos familiares.