Cronos

Crimes contra a mulher são alvo de megaoperação

Imagem ilustrativa. Foto: Pixabay
Imagem ilustrativa. Foto: Pixabay

A Operação Cronos, do Ministério da Segurança Pública, prendeu 51 pessoas durante esta sexta-feira (24) em todo o Paraná, suspeitas de crimes de homicídio e feminicídio. Diversos mandados judiciais foram cumpridos em diferentes cidades do estado e o resultado final foi divulgado no final da tarde. A operação aconteceu em 16 estados e mais de 6.600 policiais civis de todo o Brasil participaram das ações, que visam combater este tipo de crime.

Atualmente, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil ocupa o quinto lugar no ranking mundial entre os países que mais registram casos de feminicídios em todo o mundo. Coordenada pelo Conselho Nacional dos Chefes de Polícias Civis (CONCPC), a Operação Cronos, foi definida após uma reunião com o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, em julho deste ano.

No Paraná, 52 pessoas foram presas e quatro armas de fogo apreendidas, além de pequenas porções de drogas – maconha e cocaína. A maioria dos mandados é de casos que se enquadram na Lei Maria da Penha.

 

“O nosso principal foco é a violência contra a mulher. Temos quantidades menores de mandados de feminicídio porque geralmente eles são cumpridos de forma imediata, a prisão ocorre em quatro dias no máximo”, explicou a delegada Marcia Marcondes, da coordenadoria das Delegacias da Mulher (Codem).

De acordo com ela, os mandados cumpridos nesta sexta faziam, em sua maioria, referência a crimes que não culminaram com a morte das vítimas. “Crimes menores, como lesão corporal, ameaça, envolvendo a Lei Maria da Penha, porque os mandados de prisão não saem de maneira imediata”, detalhou.

Operação apreendeu diversos documentos, além de armas de fogo e drogas. Foto: Átila Alberti/Tribuna do Paraná
Operação apreendeu diversos documentos, além de armas de fogo e drogas. Foto: Átila Alberti/Tribuna do Paraná

A delegada aponta para as formas como são feitas as agressões contra as mulheres para explicar a necessidade dos mandados. “Temos várias formas que as mulheres são agredidas. O maior índice é com arma branca, serrote, machado e temos agressões com arma de fogo e por isso o mandado de busca e apreensão. Temos até mesmo casos de elementos corrosivos”.

O delegado coordenador da operação no Paraná, Hamilton da Paz, comentou o cumprimento dos mandados. “Em comparação com os outros estados o Paraná não tem algo extraordinário deste tipo de ilícito. Esses mandados são de prisão ou busca e apreensão, e são mandados que estavam pendentes em cumprimento – alguns foragidos e outras buscas realizados porque a vítima relata que o autor das ameaças tem uma arma em casa”, explicou.

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