Só no primeiro semestre de 2018, 171 pessoas morreram em confrontos policiais em todo o Paraná, segundo dados do Grupo de Ação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná. Foram constatadas ainda cinco mortes causadas por policiais civis e três envolvendo guardas municipais (em Piraquara, Londrina e Quatro Barras).
Os números, divulgados nesta quinta-feira (16), não especificam quantos são policiais e quantos são bandidos e representam um aumento de 24,3% em relação ao primeiro semestre de 2017, quando foram registradas 138 mortes nessas situações, e de 36,6% se comparado com o segundo semestre do ano passado, quando ocorreram 125 mortes.
Ainda de acordo com o Gaeco, as mortes em enfrentamentos com a Polícia Militar decorreram de 132 eventos, sendo que 156 delas derivaram de atuação em trabalho direto dos policiais, enquanto as outras 15 envolveram policiais militares em período de folga. Foram 26 mortes em janeiro (15,2%), 32 em fevereiro (18,7%), 37 em março (21,6%), 27 em abril (15,8%), 21 em maio (12,3%) e 28 em junho (16,4%).
Curitiba na liderança
Capital do Estado, Curitiba foi o município com mais casos, com 43 mortes (25,1% dos casos), seguido de São José dos Pinhais, com 12 (7%), e Londrina, com 11 (6,4%). Em toda a Região Metropolitana de Curitiba, houve 95 mortes (55,5% do total), assim divididas: Curitiba – 43, São José dos Pinhais – 12, Araucária – 6, Colombo – 6, Almirante Tamandaré – 5, Campo Largo – 5, Quatro Barras – 5, Piraquara – 4, Campo Magro – 3, Fazenda Rio Grande – 3, Pinhais – 2, Balsa Nova – 1.
Entre as vítimas, 75 (43,9%) eram brancas, e 96 (56,1%), negras e pardas. A distribuição dos mortos por faixas etárias foi a seguinte: 18 (10,5%) até 18 anos de idade, 81 (47,4%) entre 26 e 35 anos e 49 (28,6%) acima de 35. Não foi apurada a idade exata de 23 pessoas (13,5%).
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