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15 anos depois, pedreiro é preso na Grande Curitiba por matar guarda em Alagoas

Foto: Rodrigo Guilherme/Tribuna do Paraná
Foto: Rodrigo Guilherme/Tribuna do Paraná

O pedreiro Clóvis Neves Alves, 42 anos, foi preso no município de Almirante Tamandaré, na Região Metropolitana de Curitiba, na manhã desta sexta-feira (14). Ele é suspeito de assassinar o guarda municipal Aluízio Caetano da Silva, que morava e trabalhava na pequena cidade de Olho D´água do Casado, no interior de Alagoas, no dia 1.º de novembro de 2005.

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O crime chocou os cerca de cinco mil moradores da cidadezinha no sertão. O delegado Tito Lívio Barrichello, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Curitiba, disse que teve acesso ao inquérito da época, ainda todo datilografado, que a polícia de lá mandou para cá. Conforme as testemunhas disseram no inquérito, o guarda municipal tinha levado Clóvis à delegacia, mais cedo, para dar esclarecimentos sobre um delito. Guarda e suspeito discutiram, entraram até em luta corporal, até que Clóvis ameaçou Aluízio de morte. Mas o suspeito foi solto.

Horas mais tarde, os dois voltaram a se encontrar na praça central da cidade. Clóvis sacou um revólver e matou o guarda com um tiro no peito. Depois do crime, o suspeito fugiu da cidade de Olho D´Água do Casado para Olho D´Água das Flores, 64 quilômetros distante uma da outra, onde ficou escondido por cerca de 11 anos e constituiu família (esposa e dois filhos, hoje com 8 e 9 anos).

Depois deste tempo, Clóvis veio morar no Paraná com a família e fixou residência em Almirante Tamandaré, onde diz que trabalhava com o pedreiro e onde já foi pego numa blitz, uma vez, por dirigir alcoolizado. “Eu pensei em me entregar. Mas consultei um advogado que na época disse que não achou nada contra mim lá na polícia de Alagoas. Aí eu peguei minhas coisas e fui embora. Mas eu sabia que hora mais, hora menos, isso ia acabar acontecendo (de ser preso)”, afirma o assassino confesso, negando que estava fugindo da polícia quando se mudou para o sul.

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