A polícia não descarta a hipótese de que a entrada do ladrão que efetuou o assalto na agência do banco Santander da Rua Emiliano Perneta, no centro de Curitiba, na manhã da última segunda-feira (8), tenha sido facilitada por funcionários. E também considera a possibilidade de que os bandidos tenham recebido informações privilegiadas sobre o momento exato em que os caixas eletrônicos seriam abastecidos com dinheiro. O caso é investigado pelo Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), da Polícia Civil, que tenta identificar as pessoas que aparecem nas imagens das câmeras de segurança.

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“Ninguém tem bola de cristal para saber quando esse tipo de serviço é feito. Está tudo muito estranho em relação a esse crime”, argumenta o delegado-titular do Cope, Rodrigo Brown. Na ação, cerca de R$ 120 mil foram levados e o que mais chama a atenção é a tranquilidade com a qual o delito foi cometido. “Foi simples demais: o criminoso chegou e levou o dinheiro porque a pessoa que reabastecia o terminal saiu correndo e deixou todo o numerário para trás”, conta o delegado.

O furto foi registrado minutos antes de a agência abrir as portas para o público, mas vigilantes armados já faziam a segurança do estabelecimento, que fica nos arredores da Praça Rui Barbosa. Um dos bandidos teve acesso à parte de trás dos caixas eletrônicos, onde o reabastecimento dos terminais era feito. O homem passou por uma parede de gesso e pela chapa de aço que deveria isolar essa área se não estivesse danificada de propósito. Ao que tudo indica, os preparativos foram providenciados durante o fim de semana.

De acordo com o delegado, “pelo menos mais dois ou três indivíduos participaram do furto dando apoio ou distraindo os seguranças. Todos eles aparecem nas imagens a que tivemos acesso”. Até o momento do crime, nenhum problema havia sido percebido pelos colaboradores da instituição. “Precisamos ouvir algum representante do Santander para entender o que houve e descobrir até que ponto isso que aconteceu foi responsabilidade da própria empresa”.

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Em questão de 15 ou 20 segundos – logo que o funcionário saiu correndo – o homem pegou o dinheiro que estava sobre um armário, enfiou numa mochila e saiu. O suspeito estava bem vestido e aparentemente desarmado. Do lado de fora, a discrição foi total, tanto que os bandidos escaparam sem levantar suspeitas. “A polícia entende que os profissionais que atuam nesse tipo de ambiente são submetidos a treinamentos especiais e protocolos específicos, mas não teve nada disso”, enfatiza Brown.

Várias viaturas policiais e até mesmo o helicóptero da Corporação fizeram buscas na região, mas nenhum dos ladrões foi localizado até agora. Mas, mesmo que acabem presos, eles devem responder por furto qualificado por destruição de obstáculo, apenas, já que não houve ameaça com arma de fogo e ninguém foi rendido.

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