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“Era um piá trabalhador”, diziam moradores revoltados após morte de jovem em suposta troca de tiros com PMs

Foto: Lineu Filho/Tribuna do Paraná.
Foto: Lineu Filho/Tribuna do Paraná.

Uma equipe da Polícia Militar (PM) foi alvo questionamentos de moradores do bairro Cajuru, na noite desta segunda-feira (22), depois de um suposto confronto que acabou na morte de um jovem que, para os moradores, não tinha nenhum envolvimento com o crime e não teria trocado tiros com os policiais. O crime aconteceu logo após um rapaz ser morto a pedradas pelos próprios moradores, por ser suspeito de assédio.

O assassinato a pedradas aconteceu por volta das 20h30 e os policiais começaram a fazer buscas na região para encontrar os autores. A reportagem da Tribuna do Paraná apurou que logo depois, uma equipe da PM teria cruzado com algumas pessoas que estariam atirando na rua, na Rua Malba Gama Scremin, a 200 metros do local do homicídio e nisso teria acontecido o suposto confronto.

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No tiroteio, um jovem que estava na rua acabou morto e a ação da PM revoltou os moradores, que diziam que ele não tinha nada a ver com o que estava acontecendo no momento do confronto. Segundo a polícia, dentro de uma casa, próximo onde houve o confronto, foram encontrados 17 quilos de maconha.

“Era um piá trabalhador, o que aconteceu é uma injustiça”, gritavam os moradores, que também xingaram os policiais e se revoltaram muito com o crime. Segundo a população, o rapaz morto estava a caminho de casa e trabalhava com o pai numa fábrica que faz petit-pavé, aquela famosa pedra de calçamento curitibano.

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PM não falou no local

O corpo do rapaz foi recolhido ao Instituto Médico-Legal (IML). No local do confronto, a Polícia Militar, não se pronunciou sobre a situação e evitou passar qualquer informação. Nesta terça-feira (23), em contato com a assessoria de imprensa da corporação, a reportagem foi informada de que, com o rapaz morto, teria sido apreendido um revólver calibre 38. Como houve a suspeita levantada pelos moradores, caso ainda reste algum tipo de dúvida sobre a ação dos policias, os familiares, caso queiram, podem procurar a Corregedoria da PM para formalizar uma denúncia.

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