Um assalto a uma casa de assados acabou com um rapaz, de 27 anos, baleado, no começo da tarde desta sexta-feira (8), no bairro Cajuru, em Curitiba. O jovem, identificado como Guilherme Germano, foi socorrido em estado grave e os dois bandidos que, provavelmente, eram adolescentes, fugiram com dinheiro e alguns celulares.

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O roubo aconteceu por volta de meio-dia, na Rua Raynoldo Morbi, próximo ao cruzamento com a Rua João Tobias de Paiva Netto. “Estávamos almoçando, quando a dupla armada invadiu e mandou que fossemos para os fundos. Pegaram o que queriam e já estavam fugindo, mas o rapaz resolveu reagir”, contou Luiz Carlos de Souza, o dono do estabelecimento.

Segundo os funcionários da casa de assados, no momento em que reagiu, Guilherme acabou escorregando e caiu no chão. “Ele tinha conseguido pegar o bandido armado, mas quando caiu, o assaltante aproveitou e atirou no rapaz”, disse uma das testemunhas, que não se identificou.

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Guilherme levou dois tiros. Ele foi socorrido pelo Siate, com o apoio do médico, e seu estado de saúde era considerado grave. O rapaz foi encaminhado ao Hospital Cajuru.

Insegurança total

Socorristas atenderam o rapaz ferido, mas a Polícia Militar não foi ao local. Foto: Lineu Filho.

Os funcionários da casa de assados estavam revoltados com a situação que têm enfrentado. Isso porque a ação desta sexta-feira não foi a primeira e, segundo eles, certamente não será a ultima. “Fomos assaltados no dia dos pais, e fizeram a limpa. Chamamos a Polícia Militar e sequer tivemos resposta”, desabafou a funcionária do local.

O proprietário do estabelecimento acreditou que, dessa segunda vez, a chegada da PM seria mais rápido, mas não foi bem assim. Enquanto o socorro era feito ao rapaz ferido, a PM sequer passou pelo local. Depois que as ambulâncias saíram da rua, uma viatura da PM passou, mas não parou. Pelo menos até o fechamento da reportagem (por volta de 14h), nenhuma equipe da PM tinha chegado ao local do assalto.

“Fazer o que, né? Sempre nós, trabalhadores, que pagamos o pato. Infelizmente. Vai daí pra pior”, comentou Luiz Carlos. “Estamos abandonados. Se fosse um relato só, mas a situação está tão complicada que todo mundo aqui tem pelo menos uma história de assalto”, considerou uma das testemunhas da ação, que não se identificou.

“Estamos abandonados”, considerou uma das testemunhas da ação, que não se identificou. Foto: Lineu Filho.