Caso Daniel!

Caso Brittes volta com tudo, com depoimentos das testemunhas de defesa!

Foram retomados nesta segunda-feira (1º) os depoimentos da ação penal contra a família Brittes e mais quatro acusados de assassinar o jogador Daniel Corrêa Freitas, ano passado, no Fórum de São José dos Pinhais. Ao todo, 25 testemunhas foram ouvidas durante a manhã e a tarde desta segunda-feira.

Foi uma nova bateria de oitivas, porém agora por parte das testemunhas de defesa, além do interrogatório dos próprios réus: Edison, Cristiana e Allana Brittes, além de Igor King, Deivid Vollero, Eduardo Henrique e Evelyn Peruso, esta última, a única que está respondendo em liberdade. A princípio, as audiências devem ocorrer durante toda a semana, com exceção da quinta-feira, provavelmente por questões de agenda da juíza Luciani Martins de Paula, que conduz o processo.

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Inicialmente, a estimativa era de que 77 testemunhas de defesa fossem ouvidas nesta nova bateria. No entanto, várias delas não foram localizadas pelos oficiais de Justiça e por isto não receberam as intimações para comparecerem em juízo. Com isto, a quantidade de testemunhas pode não passar de 40.

Foto: Felipe Rosa/Tribuna do Paraná
Foto: Felipe Rosa/Tribuna do Paraná

Ao contrário da primeira fase, em que alguns depoimentos duraram cerca de três horas, como o do delegado Amadeu Trevisan, boa parte das próximas oitivas foi rápida. O que certamente irá demorar são os interrogatórios dos réus, principalmente do empresário Edison Brittes, o “Juninho Riqueza”, autor confesso do assassinato.

Durante a fase do inquérito policial, ele falou de apenas uma parte do crime. Do momento em que o jogador Daniel foi colocado no carro da família Brittes e levado até o matagal para ser emasculado e morto, Edison silenciou e disse que falaria somente em juízo. O que a polícia sabe sobre esta parte do crime veio do interrogatório dos outros acusados: Igor, Deivid e Eduardo. Portanto, deverá ser uma oitiva bastante demorada e tensa, provavelmente a última.

Acusação!

Na bateria anterior de depoimentos, com as testemunhas de acusação, ocorridas entre os dias 18 e 20 de fevereiro, 13 pessoas foram ouvidas. Ocorreram alguns bate-bocas entre advogados (o que não é incomum neste tipo de audiência), novas informações sobre o crime surgiram, réus e familiares de Daniel ficaram frente a frente e outras surpresas jurídicas apareceram. O advogado Rodrigo Faucz, que defende Igor e Deivid, pediu a nulidade das oitivas realizadas nos dois primeiros dias, visto que ele tinha um problema de agenda (ia defender a sua tese de doutorado) e pediu à juíza, com antecedência, que as audiências fossem reagendadas, visto que ele não conseguiria mudar a data da banca. Mas a juíza negou e o advogado ficou de recorrer a instâncias superiores.

Um advogado que estava no Fórum, trabalhando em outro caso, foi aleatoriamente chamado para defender Igor e Deivid temporariamente, nos dois primeiros dias, na ausência de Rodrigo.

Ao final do terceiro e último dia, o advogado Claudio Dalledone, que defende a família Brittes, pediu a liberdade de Cristiana e Allana. Ele trabalhou durante toda esta primeira etapa para tentar provar que mãe e filha não tinham participação no homicídio e deveriam ser soltas. Mas a juíza negou o pedido de liberdade e ambas continuam presas na Penitenciária Feminina de Piraquara.

A morde de Daniel Corrêa Freitas

Allana, filha de Edison e Cristiana, comemorou seus 18 anos com uma grande festa na casa noturna Shed, em Curitiba, na noite do dia 26 pra 27 de outubro do ano passado. Amanhecendo o dia, a festa continuou na casa da família Brittes, em São José dos Pinhais. Cristiana já estava dormindo em seu quarto, quando Edison pegou Daniel em cima dela, na cama. Daniel foi severamente agredido por Edison, que foi ajudado em seguida por outros convidados. Já bem machucado, o jogador foi colocado no porta- -malas do carro dos Brittes e levado a um matagal próximo, onde foi morto com um corte profundo no pescoço e em seguida emasculado (teve o pênis decepado).

Ouça! Policial dá conselho a Brittes logo após a morte do jogador Daniel