Foi a comadre. De olho no dinheiro que estava guardado na casa da então vizinha, Tatiane Emília Camargo Iovanovitchi, 35 anos, planejou tudo. Foi supostamente dela a ideia do violento assalto registrado em 29 de dezembro de 2016 na casa da madrinha da própria filha. O caso ficou marcado pela crueldade com que o os bandidos agiram: eles amarraram e jogaram querosene sobre a vítima e ameaçavam, a todo tempo, atear fogo caso ela não indicasse onde os bens mais valiosos estavam escondidos.
Tatiane estava envolvida com uma quadrilha e foi presa na última quarta-feira (26), na frente da própria residência, que fica no bairro Santa Quitéria. Já o comparsa dela, Hiago Gomes, 22 anos, foi capturado no domingo (30) à tarde em Campo Largo, na Grande Curitiba. O rapaz é suspeito de ser um dos executores da ação criminosa.
De acordo com o delegado André Gustavo Feltes, que conduz as investigações na Delegacia de Furtos e Roubos de Curitiba, Tatiane sabia que havia uma determinada quantia em dinheiro no imóvel da vítima. “Essa moça pretendia fazer uma viagem e a suspeita, até pela relação de proximidade que havia entre as duas, tinha conhecimento de que a comadre tinha dólares guardados para esse fim. A suspeita então repassou essa informação para os comparsas e também deu detalhes sobre a rotina da comadre e os horários em que a vítima estaria em casa”.
Preso, Hiago Gomes já confessou informalmente o crime, segundo o delegado, enquanto Tatiane nega tudo. “A investigação está bem documentada; nós já conseguimos provar o envolvimento dela e também temos evidências de que o grupo do qual os dois faziam parte planejava outro crime”. O alvo, nesse caso, seria um apartamento do bairro Batel, onde cerca de US$ 500 mil estariam guardados em um cofre.
O resto do bando
Todos os outros integrantes da quadrilha já estão presos, conforme a polícia. São Nelson Litza Junior (34), Maurício Sobania de Oliveira (33) e Michelle Cristiane Cordeiro (28). Os três foram presos pelo crime de roubo há alguns dias, o que viabilizou a solução desse crime registrado em Santa Felicidade como um todo. Mais duas pessoas acabaram detidas na ocasião – uma delas por apresentar documentos falsos aos agentes e outra por receptação.